Pacto social

Fernández convoca sindicatos para seu governo na Argentina

Presidente eleito pediu união entre organizações trabalhistas e expressou forte defesa à educação e à capacitação científica

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, durante discurso na Cidade do México
Presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, durante discurso na Cidade do México (Reuters)

BUENOS AIRES - O presidente eleito da Argentina , Alberto Fernández, pediu na sexta-feira,8, uma união entre sindicatos e assegurou que organizações de trabalhadores serão parte fundamental de um pacto social em seu governo. O peronista assume a Presidência no dia 10 de dezembro.

"O movimento trabalhista organizado é parte do governo que será instalado na Argentina a partir de 10 de dezembro. E não é um acordo político, é a convicção que sempre tivemos (...) porque os que trabalham são a pedra fundamental desta sociedade", disse em plenário da Confederação Geral do Trabalho ( CGT ) , maior central sindical do país.

Em discurso, Fernández reivindicou o papel dos sindicatos e do movimento trabalhista, além de expressar uma forte defesa à educação e à capacitação científica e técnica como meio “primordial” de desenvolvimento.

"Não entendo isso de que para consertar a Argentina é preciso tirar direitos dos que trabalham", afirmou. O presidente eleito propôs que o edifício histórico da CGT seja transformado em um pólo de capacitação técnica para trabalhadores.

Pacto social

Fernández definiu os termos do pacto social que pretende convocar assim que seu governo assumir o comando do país com mais de 50% de inflação anual, 35% da população vivendo abaixo da linha da pobreza e uma dívida que deverá ser renegociada com credores e organismos internacionais.

"Vamos voltar a chamar os que produzem e os que trabalham, mas não apenas para fazer acordos de preços e salários, mas para desenhar o futuro que a Argentina precisa".

O presidente eleito pediu “esforço para união” das cinco centrais trabalhistas, traçando um paralelo com a união de distintas correntes peronistas que formaram a Frente de Todos , com a qual ganhou as eleições de 27 de outubro. Fernández derrotou seu principal adversário, o liberal Mauricio Macri , atual presidente, com 48% dos votos.

"Todos sabemos como a economia argentina pirou nestes anos, como o trabalho piorou, a educação, e para podermos melhorar falta que todos trabalhemos, sem distinção", ressaltou.

Durante a Presidência de Macri, a relação com sindicatos foi estagnada por enfrentamentos envolvendo demissões e ameaças de uma reforma trabalhista , que sindicatos denunciaram como uma tentativa de cortar direitos.

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