Premiação

Patrulha Maria da Penha para a Tropa concorre a prêmio da FBSP

Projeto é realizado pelos militares e tem como foco as vítimas de violência doméstica e familiar em São Luís e em algumas cidades do Maranhão

Ismael Araújo / O Estado

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

Números elevados, 7.174 medidas protetivas cadastradas, 4.688 mulheres atendidas, 13.275 visitas e 98 prisões. Este é o resultado do trabalho feito pela Patrulha Maria da Penha, desenvolvido pelos militares ao longo dos últimos dois anos em São Luís e no interior do estado. Uma média 20 atendimentos diários. Uma equipe do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) esteve na capital avaliando o projeto “Patrulha Maria da Penha para a Tropa”, que está concorrendo ao Prêmio FBSP 2019. Mais de 80 projetos foram inscritos nesse prêmio e o resultado está previsto para ser divulgado no mês de dezembro deste ano.

A diretora-geral do FBSP, Samira Bueno, veio acompanhada pelo pesquisador do fórum, Denis Pacheco. Ela informou que o prêmio tem como um dos objetivos reconhecer práticas com potencial de transformação em cenários de vulnerabilidade à violência, principalmente, a mulher e os projetos ganhadores recebem o selo FBSP.

Ela ainda frisou que 80 projetos em todo o país se inscreveram para participar ao prêmio deste ano, mas, apenas 16 foram selecionados pela equipe da FBSP. As iniciativas serão avaliadas em duas categorias diferentes. Uma delas é agentes públicos de segurança na ativa, enquanto, a outra é no tocante a agentes do sistema de justiça criminal em articulação com os órgãos da segurança pública ou outros órgãos do poder público municipal ou estadual ou sociedade civil.

Samira Bueno comentou que o prêmio está na sua terceira edição. Na primeira edição do evento, em 2017, recebeu mais de 50 inscrições e das quais 10 foram finalistas. Apenas, três projetos foram escolhidos como práticas exemplares e receberam o Selo FBSP 2017. Na edição do ano passado, 16 projetos foram premiados em uma cerimônia, ocorrida no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo.

Ela ainda afirmou que o Patrulha Maria da Penha para a Tropa é um projeto consistente e tem mostrado resultados positivos, inclusive, salvando vidas humanas. “É um programa que capacita militares para realizar um atendimento humanizado e qualificado de forma diária”, frisou a coordenadora-geral da FBSP.

Maria da Penha
A Patrulha Maria da Penha é coordenada pela coronel Augusta Andrade. Ela informou que o projeto vem sendo desenvolvido na Grande Ilha e nas cidades de Imperatriz, Balsas e no decorrer deste ano os municípios de Peritoró e Timon serão agraciados. Até momento, mais de 1.200 policiais militares já foram capacitados para desenvolverem o trabalho humanizados, que tem como foco as mulheres.

Ela ainda ressaltou que os militares estão desenvolvendo o projeto o “Patrulha Maria da Penha para a Tropa”, que é justamente o trabalho do primeiro atendimento nas ocorrências de violência doméstica. “Os militares, que trabalham na viatura das ruas, estão sendo capacitados para proporcionarem segurança e confiança para as vítimas desse tipo de violência. Elas possam seguir com a denúncia até o final, ou seja, a delegacia”, explicou a coronel.

A equipe do FBSP acompanhou aplicação deo projeto para os cadetes do Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar e demais policiais dos batalhões da Grande Ilha, na sede Comando Geral da Militar, no Calhau.

Augusta Andrande também afirmou que no ano passado a Patrulha Maria da Penha foi umas das vencedoras do Selo FSBP. Concorriam 106 projetos inscritos nesse prêmio. “Essa premiação é um reconhecimento nacional do combate à violência doméstica contra mulher, ou seja, um trabalho feito de forma competente por toda equipe da Patrulha Maria da Penha”, disse a coronel.

Criação
A Patrulha Maria da Penha foi instituída pelo Decreto 31.763, de 20 de maio de 2016 do Governo do Estado do Maranhão por meio das Secretarias Estaduais de Segurança (SSP) e da Mulher (Semu) que, após essa data, os órgãos responsáveis dedicaram-se a selecionar e qualificar os policiais destinados ao trabalho fim, que é lidar com mulheres em situação de violência doméstica; além da estruturação física para funcionamento da Patrulha.

SAIBA MAIS

Denúncia da violência contra a mulher

Capital: 180
Interior: 3223-5800
Casa da Mulher Brasileira: Delegacia da Mulher: Av. Prof. Carlos Cunha, 572, no Jacaraci

Número

4.688 mulheres já foram atendidas ao longo de dois anos pela Patrulha Maria da Penha

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