Ação criminosa

Tiroteio, reféns e tensão em assalto a loja de ouro em plena tarde na capital

Uma pessoa levou dois tiros e, até a noite de ontem, estava mal; bandido se entregou após duas horas de negociação; assalto atraiu muitos curiosos

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Clayton Pinto, armado, fez refém Eliete Silva, proprietária da loja
Clayton Pinto, armado, fez refém Eliete Silva, proprietária da loja

São Luís - Tiroteio no meio da tarde, uma pessoa ferida com dois tiros, outras duas feitas reféns e muita tensão foi o saldo de tentativa de assalto ocorrido ontem a uma loja de ourives, na Rua da Paz, Centro de São Luís. Após duas horas com os reféns sob a mira de pistola 380 e uma negociação tensa, o assaltante, identificado como Cleyton Pinto Vasconcelos, se entregou à polícia - uma mulher, de nome revelado e que seria comparsa dele, conseguiu fugir antes da chegada dos policiais.

Segundo a polícia, o casal tentou assaltar uma loja de ourives em plena tarde de ontem e acabou instalando o clima de pânico no centro da capital. As ruas da área foram fechadas, os pontos comerciais foram obrigados a encerrar o expediente mais cedo, o trânsito ficou congestionado, um forte aparato policial foi deslocado para área, inclusive com integrantes do Cosar e do Bope.

O alvo dos bandidos foi o edifício Linda do Dualibe, localizado na rua da Paz, nas proximidades dos bancos Itaú e Santander, onde funciona uma loja que vende ouro. O vendedor José de Ribamar Abreu, de 40 anos, disse que presenciou o momento em que a dupla criminosa entrou no prédio como se fossem clientes e, em seguida, escutou os tiros e os gritos de pedido de socorro.

“As pessoas ficaram em pânico quando escutaram o barulho de tiros, houve correria e muitos lojistas fecharam logo o seu empreendimento”, comentou o vendedor.

O guarda municipal Márcio Pereira declarou que foi acionado por populares. A primeira informação era que tinha um assalto em andamento com reféns. Ao chegarem ao local, os guardas municipais se depararam com o assaltante apontando a arma de fogo em direção aos dois reféns e, em seguida, escutaram barulho de tiros e gritaria. Neste momento, um dos assaltantes, que seria uma mulher, conseguiu fugir.

Ainda segundo o guarda municipal, uma pessoa, identificada como William Araújo Braga, foi baleada e levada por populares para o Hospital Municipal Socorrão I, no Centro. Logo após, foi solicitada a presença de policiais militares e civis como também a área foi isolada.

Rua da Paz foi fechada e forte aparato policial foi montado
Rua da Paz foi fechada e forte aparato policial foi montado

Reforço policial
Foram deslocados para a área militares do 9º Batalhão, do Cosar, Bope, Choque e policiais civis, com o helicóptero do Centro Tático Aéreo. Viaturas da polícia foram utilizadas para isolar a área e uma barreira de militares foi feita para impedir a presença de populares, que tentavam saber informações sobre o caso.

Uma equipe composta pelo comandante do Bope, coronel Nilson; capitão Pacheco, e o delegado Paulo Arthur serviu para fazer o trabalho de negociação com o criminoso. Foram mais de duas horas de negociação. Um dos primeiros reféns a ser liberado foi o proprietário do ponto comercial, Antônio Carlos, que chegou a passar mal e foi atendido ainda no local pelos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O criminoso ainda exigiu a presença da imprensa e do seu advogado. Em seguida, ele liberou Eliete Silva, que é esposa de Antônio Carlos, e entregou a pistola, com munição. O coronel Nilson declarou que o assaltante, primeiramente, estava muito nervoso e ao longo da negociação foi mantendo a calma e resolveu se entregar para a polícia.

O secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, também esteve no local. Ele disse que a polícia conseguiu de imediato a pronta resposta e, no momento, vai trabalhar para identificar e prender os outros bandidos, que possam ter tido participação nessa empreitada criminosa.

Policiais entram no prédio onde o bandido mantinha os reféns
Policiais entram no prédio onde o bandido mantinha os reféns

Identificação

O detido foi conduzido para o Plantão da Polícia Civil das Cajazeiras, no Centro. À polícia, ele declarou que agiu em companhia de uma mulher, nome não revelado, e tinha como objetivo roubar o empresário Antônio Carlos.

Ele ainda disse que atirou em umas vítimas devido ter reagido ao assalto, inclusive, veio em sua direção com um pedaço de pau. Uma outra vítima também chegou a segurar a arma de fogo. Um total de cinco tiros foi efetuado dentro do prédio e alguns deles atingiram as paredes e portas.

A polícia informou que, ainda na noite de ontem, a vítima baleada teria sido submetida a uma cirurgia, no Socorrão I e corria risco de morte. As incursões continuam sendo realizadas pela área do Centro para prender os outros acusados dessa ação criminosa.

Saiba Mais

Outro caso

O proprietário de ourives, localizado no Centro Histórico, identificado como Ariston Barbosa Magalhães, foi baleado durante assalto, no dia 4 de julho de 2017. A vítima estava sozinha em seu empreendimento quando foi abordado por uma dupla criminosa. A Polícia Civil investigou o caso.

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