COLUNA

Lavou as mãos?

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), passou os últimos dias tentando, como sempre, eximir-se de qualquer responsabilidade relacionada ao caso do assassinato de uma liderança indígena na Reserva Arariboia, na região de Bom Jesus das Selvas.
“Competência federal”, diz ele, como se segurança pública não fosse um dever do Estado, mas da União.
Contra os argumentos do comunista, contudo, pesa uma entrevista que ele mesmo concedeu a Miriam Leitão, da Globo News, em setembro. Na ocasião, a jornalista relatou a situação, segundo ela, preocupante dos conflitos na terra indígena alvo de conflito neste fim de semana.
“Eu estou particularmente preocupada com isso”, disse, a um Flávio Dino visivelmente desinformado sobre a real situação na localidade, a ponto de reconhecer isso, mas apenas prometer “provocar a Funai e a própria Polícia Federal para examinar essa situação”.
Como revelou o G1 Maranhão no sábado, 2, o comunista efetivamente o fez: encaminhou pedidos de proteção à Funai e ao Ministério da Justiça. E só.
Depois disso, lavou as mãos, tal qual Pilatos. Como se, como governador do Maranhão, não tivesse qualquer autonomia de reforçar o aparato de segurança pública na região para, pelo menos intimidar criminosos.
O resultado de tamanha omissão foi que o líder indígena Paulo Paulino Guajajara acabou morto num confronto. Mas, Dino segue achando que não tem nada com isso.

Acompanhamento
O Ministério Público Federal (MPF) no Maranhão anunciou no sábado, 2, por meio de sua assessoria de imprensa, que supervisiona as investigações do assassinato da liderança indígena Paulo Paulino Guajajara, na Reserva Arariboia, na região de Bom Jesus das Selvas.
O MPF aguarda o resultado das investigações da Polícia Federal para tomar as medidas judiciais cabíveis.
Paulino foi assassinado em conflito na terra indígena.

Sentiu
O deputado estadual Duarte Júnior (PCdoB) não deixou barata a crítica que recebeu do secretário Felipe Camarão (Educação) por querer faturar com medida de Flávio Dino (PCdoB) relacionada ao Enem.
No fim de semana, Dino anunciou gratuidade do transporte público para quem fosse fazer provas. O deputado, dias antes, soltou nota informando que foi ele quem solicitou. Camarão desmentiu.
Nas redes sociais, Duarte, sem citar Felipe, disse que o mundo seria melhor se as pessoas se dedicassem a trabalhar do mesmo modo que se dedicam a “agredir e odiar”. Sentiu.

Falecimento
Morreu no domingo, 3, aos 75 anos, o pai do atual secretário de Estado dos Esportes do Maranhão, Rogério Cafeteira (DEM).
Sanclé Campos Lima estava no hospital há algumas semanas tratando da saúde, mas acabou não resistindo.
Ele foi velado durante todo o dia de ontem, e, depois o corpo foi conduzido para cremação, segundo a assessoria da Sedel.

Repatriação
A Polícia Federal realizou neste fim de semana operação de repatriação de um grupo de africanos que estavam ilegalmente no Brasil.
Foram levados de volta ao seu país de origem os nigerianos clandestinamente embarcados num navio que atracou em São Luís em agosto.
Eles estavam acompanhados de agentes e delegados da PF brasileira desde o embarque, no Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado.

Caiu
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, oficializou mudança no comando da superintendência do DNIT no Maranhão.
Caiu do posto o irmão do ex-deputado Pedro Fernandes (PTB), Gerardo Fernandes, que estava no cargo desde o final do segundo governo Dilma Rousseff (PT).
No lugar dele, assume Glauco Henrique Ferreira da Silva, membro de carreira do órgão.

Inconcluso
O deputado estadual Adriano Sarney (PV) não se sentiu satisfeito com as explicações do governo Flávio Dino (PCdoB) à Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa a respeito das metas fiscais da atual gestão.
Membro do Executivo estiveram no colegiado para tratar do tema. O deputado pediu informações sobre emendas individuais de parlamentares da bancada federal do Maranhão e sobre o Fepa.
Mas disse, ao final do encontro, que o relatório apresentado na Sala das Comissões é inconcluso, destacando que vai esperar o final do ano para ver como se comportam as metas fiscais e o orçamento.

DE OLHO

R$ 8,2 milhões foi quanto o governo federal liberou ao Governo do Maranhão para ajudar no pagamento de precatórios.

E MAIS

• O Sistema de Segurança do Maranhão volta a anunciar 70% de redução da criminalidade na Grande São Luís. Os números, contudo, não condizem com a percepção geral da população.

• O deputado Juscelino Filho (DEM-MA) será o centro das atenções em Brasília nesta semana, com a análise do pedido de cassação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Conselho de Ética da Câmara.

• A primeira de oito audiências públicas que debatem a alteração, revisão e atualização do Plano Diretor de São Luís ocorreu na noite da última sexta-feira, 1º.

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