Registro

Adriana Calcanhotto grava projeto audiovisual de "Margem"

Registro ao vivo será feito no dia 14 de dezembro, no Rio de Janeiro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Adriana Calcanhotto se dedica a novo projeto
Adriana Calcanhotto se dedica a novo projeto (Adriana Calcanhotto)

São Paulo - A cantora Adriana Calcanhotto estreou a turnê nacional do seu novo álbum, “Margem”, em agosto, percorrendo cidades de todo o país com mais de 40 apresentações. Em outubro, chegou aos Estados Unidos e passará em breve pela Europa. No dia 14 de dezembro, a cantora gravará, no Rio de Janeiro, o projeto audiovisual.

A banda que a acompanha é formada pelos mesmos músicos que tocaram e coproduziram com ela o seu mais recente trabalho de estúdio. Rafael Rocha (mpc, bateria, percussão, Handsonic, assovio), Bruno Di Lullo (baixo e synth) e Bem Gil (guitarra e synth), os dois últimos estiveram com Calcanhotto na turnê "A Mulher do Pau Brasil", que rodou o Brasil no segundo semestre de 2018.

O repertório do novo show tem como esqueleto as canções do recente álbum e resgata músicas de Maritmo e Maré, os outros dois discos da trilogia marinha (como “Mais Feliz”, “Vambora”, “Quem Vem Pra Beira do Mar”), além de sucessos da carreira de Adriana, como “Devolva-me” e “Maresia”, canções arranjadas especialmente para o espetáculo, como "Futuros Amantes”, de Chico Buarque, de 1993, que a cantora gravou como faixa exclusiva para a versão japonesa de "Margem".

"Canção irmã de 'Os ilhéus', apontam as duas para muito tempo depois de nossa civilização, e apostam as duas no amor e na virtude como humanidades sobreviventes aos tempos. Não saberemos. As duas canções irmãs só se encontram no palco (e no disco japonês) e em sequência. É dos momentos mais fortes do show, pra mim, no sentido do quanto uma canção pode exigir de nós em termos da nossa capacidade de rendição à beleza. Será que um dia Copacabana será a nova Atlântida? Chico Buarque e Antonio Cicero é quem sabem”, especula a compositora.

“No primeiro ensaio olhei para a banda e falei 'vamos fazer um luau'. Esse foi o primeiro sentimento. Luaus dependem da força do vento, do tempo que ele sopra numa só direção, da maré, e esse show é assim; completamente dependente do mar. Com os ensaios porém, fui percebendo que o emaranhado de textos do roteiro, que tem muitos ecos e referências literárias, foi se superpondo à ideia de luau, que é a princípio menos complexo. Os arquétipos marinhos foram dando as caras, a meu ver em função da sonoridade que alcançamos tocando juntos tanto tempo depois das gravações do disco. O som do show não quis ser o som do disco, o universo timbrístico teve que se expandir pra conter as canções da trilogia e mais as outras todas e isso era previsto mas o som do show resultou mais relaxado, mais vagabundo. Interessante foi notar as ligações que as canções começaram a fazer entre si independentemente da minha ação. De certa forma, fui observando o roteiro se fazer a si próprio, maneira inteiramente nova pra mim de conceber um espetáculo", finaliza.

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