Editorial

Questão de consciência

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

Por mais de um ano a Praça Deodoro e a Rua Grande passaram por intenso serviço de revitalização. Foram meses e meses de transtornos para quem trabalhava na região ou precisava transitar por toda aquela área. No fim, tudo valeu a pena, e os dois espaços hoje servem à população e recebem elogios pela qualidade do trabalho, além da beleza e praticidade. Mas, parece que o amor aos bens revitalizados da cidade durou apenas o tempo da novidade. Nos últimos dias, pode-se ver imagens de descaso e descuido com o patrimônio público nesses locais.

No Complexo Deodoro as bolas de concreto instaladas ao longo do passeio, já foram vítimas da imprudência de motoristas de ônibus, conforme pessoas que trabalham na área. No afã de se desviar de outros coletivos e passar na frente, alguns acabam avançando sobre o passeio e colidem com as esferas, danificando-as.

Uma delas quebrou ao meio, tamanha a força do impacto. Outras, já apresentam fissuras ou saíram do seu lugar de encaixe, rolando alguns metros na grama. Além de estragar a decoração do local e causar dano na peça, essas situações podem gerar acidentes, com pessoas que transitam na área, uma vez que as vigas de ferro que sustentam as esferas acabam ficando expostas quando são arrancadas do seu lugar.

Apesar da presença constante de homens da Guarda Municipal na região do Complexo Deodoro, este tipo de incidente continua acontecendo. O descaso dos condutores de veículos é constante. E não se restringem a Deodoro.

Na Rua Grande, entregue por último, após trabalho de reforma que garantiu um espaço mais amplo e seguro para consumidores que transitam naquele centro comercial diariamente, agora com bancos onde podem descansar e sem calçadas e buracos, que antes podiam causar acidentes.

Mas, parece que nem todo mundo se importa com o bem-estar de quem garante os lucros dos comerciantes que atuam naquela via. Todas as noites, caminhões carregados de produtos para lojas da Rua Grande entram na via e, muitos deles, indo de encontro ao acordo feito entre lojistas e Prefeitura - de não invadir a via para não danificá-la, usando apenas carrinhos de mão para levar os produtos até as lojas - quebram os balizadores, instalados justamente para impedir a invasão de calçadas e via.

Com o descaso desses condutores de veículos, apesar de todo o trabalho para deixar a Rua Grande mais segura para os transeuntes, o perigo de acidentes já está de volta, com ferragens expostas e balizadores quebrados ao meio.

Mas, e quem paga o prejuízo? Quem se responsabiliza caso alguém se machuque transitando no Complexo Deodoro ou na Rua Grande e sofra um acidente, por causa dos ferros expostos do material danificado? Antes de tudo, é necessário que haja conscientização de que o bem público é da população e ela tem o dever de zelar por ele, tanto quanto o Município. O condutor do ônibus, do caminhão ou carro de passeio, precisa se lembrar que aquilo que está destruindo, também é seu e evitar, cuidar, zelar, amar. De nada adianta todo o esforço do poder público para garantir espaços seguros e belos para a cidade, se não há um interesse da população em mantê-los assim.

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