Petróleo e gás

Bacia Pará-Maranhão, uma das apostas do governo para atrair investimentos

Área marítima estará em oferta na 17ª Rodada de Licitações da ANP, em 2020; atualmente a bacia tem a atuação da Enauta, que possui dois blocos exploratórios na região, tendo detectado, durante atividades já realizadas, a presença de óleo leve

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Bacia Pará-Maranhão é uma fronteira de médio a baixo risco com alto prêmio, adequada às grandes petroleiras
Bacia Pará-Maranhão é uma fronteira de médio a baixo risco com alto prêmio, adequada às grandes petroleiras

Considerada uma nova fronteira, a Bacia Pará-Maranhão, exclusivamente marítima e que se situa na margem equatorial brasileira em uma área de aproximadamente 48 mil km², é uma das apostas do Governo Federal para atrair e diversificar investimentos.

Tanto que a Pará-Maranhão, juntamente com as Bacias Potiguar e de Pelotas, estará em oferta na 17ª Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2020, conforme aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

A Bacia Pará-Maranhão é uma fronteira de médio a baixo risco com alto prêmio, mais adequada às grandes petroleiras. Atualmente, a Companhia Enauta atua na região, com dois blocos em águas profundas e 100% de participação: PAMA-M-265 e PAMA-M-337.

Ambos os blocos estão cobertos por levantamentos sísmicos 3D, adquiridos em 2017. Há previsão da perfuração de um poço exploratório no bloco PAMA-M-337. As atividades já realizadas na região indicam a presença de óleo leve. A Enauta que aguarda liberação do Ibama para começar a perfurar na bacia.

Além de ter similaridades com a Margem Equatorial africana, onde houve a descoberta no campo de Jubilee, com cerca de 800 milhões de barris de petróleo, a Bacia Pará-Maranhão fica próximo à Guiana e Guiana Francesa, onde 16 descobertas de óleo foram feitas nos últimos três anos e há perspectiva de produção de 1 milhão de b/d na próxima década.

Histórico nos leilões

As Bacias Pará-Maranhão, Ceará, Potiguar e Pelotas tiveram blocos ofertados em diversas rodadas da ANP. A primeira figurou em oito leilões (2ª, 3ª, 4ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª, 11ª rodadas), tendo nove blocos arrematados – mesmo número da Bacia do Ceará, que apareceu nas rodadas 3, 11 e 15. Pelotas esteve presente em seis leilões (4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, 13ª), tendo seis blocos arrematados pela Petrobras. A porção offshore Potiguar também foi ofertada em seis rodadas (1ª, 3ª, 4ª, 7ª, 11ª, 15ª), com 15 áreas arrematadas por diferentes companhias.

Com isso, empresas de aquisição de dados passaram a olhar com atenção para essas regiões. Foi o caso da Spectrum, que levantou dados 2D nas quatro bacias. Recentemente, a companhia solicitou ao Ibama autorização para iniciar, em 2020, uma campanha 3D na Bacia Pará-Maranhão, em área de 59,8 mil km².

Mais

Aquisição sísmica

A empresa Spectrum deve realiza campanha de aquisição sísmica na Bacia Pará-Maranhão, dividida em três fases, no intuito de levantar dados em uma área total de 59.813,29 km². A primeira fase, que vai de março de 2020 até junho de 2021, vai levantar 20.631,76 km². Outros 20.427,21 km² serão levantados entre junho de 2021 e agosto de 2022. A terceira e última fase acontecerá entre agosto de 2022 e outubro de 2023 e vai levantar novos 18.754,32 km² em dados sísmicos.

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