Destruição

Instalados na reforma, pilares da Rua Grande já estão danificados

Peças de concreto teriam sido quebradas por veículos que trafegam na Rua Grande à noite, segundo ambulantes; balizadores estão colocados em esquinas

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Balizadores servem para impedir que veículos subam nas calçadas na R. Grande, mas já estão danificados
Balizadores servem para impedir que veículos subam nas calçadas na R. Grande, mas já estão danificados (pilar rua grande)

Assim como aconteceu com as esferas de concreto do Complexo Deodoro, os balizadores, pilares de concreto instalados em esquinas da Rua Grande, na região central de São Luís, foram danificados, em trechos distintos da via. Como verificou O Estado no local, alguns estão pela metade. Outros contêm apenas rachaduras, mas estão prestes a se desprender. Segundo declarações de vendedores ambulantes e comerciantes, o problema ocorreu devido a impactos provocados por veículos.

Na esquina com a Rua Antônio Rayol, um balizador foi quebrado no meio, restando apenas uma parte. A estrutura de ferro, inclusive, está visível. Segundo o vendedor ambulante João Carlos, a peça foi destruída há duas semanas, mas esta já teria sido a terceira vez que o mesmo ornamento foi danificado. “Isso daí foi causado por carros, que dão marcha à ré aqui na rua. Ocorre mais à noite, quando não existe mais movimento de pessoas aqui. Isso acontece com frequência”, revelou o camelô.

De acordo com ele, a ferragem da peça estava em evidência, mas foi “batido” pelos próprios comerciantes e ambulantes, para evitar que outros pedestres se machucassem. “Olha, pelo menos quatro pessoas se feriram nesse ferro. Uma delas era criança, que estava distraída e acabou batendo a perna nesse pilar quebrado”, contou o vendedor.

Outras peças destruídas
Na esquina com as ruas Cândido Ribeiro e das Flores, mais dois balizadores estão em situação deteriorada, e um contém rachaduras. O outro está rompido pela metade. Segundo relatos de ambulantes que trabalham ali, as peças foram destruídas há quase um mês, também por carros que trafegam pela Rua Grande à noite. “Geralmente, esses veículos entram na rua depois das 21h, porque já não se olha ninguém andando. Alguns passam até em alta velocidade, como se estivessem em uma avenida”, comentou um vendedor de meias.

Outro pilar danificado está na esquina com a Rua de Santaninha, sendo que a peça foi destruída na metade. No mesmo trecho, outra estrutura está sendo utilizada para colocar cones, alertando sobre a presença de postos de táxi. E, ainda, como apoio para suporte repletos de meias. “Se não tiver manutenção, não vai sobrar nenhum intacto. Quando o inverno chegar, a situação vai se agravar, pode ter certeza, porque esses pilares são frágeis”, analisou Rosângela Diniz, que estava na Rua
Grande para comprar roupas.

O último pilar deteriorado está logo na entrada da Rua Grande, perto do cruzamento com a Rua do Passeio. Rachaduras podem ser vistas naquela peça.

Em nota, a Prefeitura de São Luís informou que os balizadores, colocados por ocasião da reforma da Rua Grande para impedir a entrada de caminhões, encontram deteriorados devido à entrada não autorizada destes veículos na rua comercial.
A Prefeitura esclarece que o acordado entre poder público e os lojistas é de que caminhões não tenham acesso à Rua Grande. Em relação à Segurança na Rua Grande, há uma guarnição da Guarda Municipal presente de segunda-feira à sexta-feira em toda extensão da via pública, no horário das 8h às 18h, após as 19h e nos finais de semana, o monitoramento da via é feito por uma ronda ostensiva da Guarda Municipal de São Luís.

SAIBA MAIS

Esferas de concreto

No Complexo Deodoro, pelo menos três esferas de concreto estão danificadas, como o jornal O Estado já divulgou. Uma das estruturas, que foram colocadas no local para decorar e evitar a entrada de veículos, está pela metade. Devido aos atos de vandalismo, os pedestres estão reclamando, uma vez que o espaço foi revitalizado e entregue em dezembro do ano passado.
Uma das esferas de concreto está deteriorada na parte que a sustenta, ou seja, no encaixe com o piso. Em virtude desse problema, a estrutura pode se desprender, com risco até de ferir pessoas que estiverem transitando ali perto. Outro objeto esférico está em situação mais grave, pois a metade foi retirada, por motivos ainda desconhecidos, deixando-o com o aspecto de uma laranja cortada ao meio, sendo que as hastes de ferro estão em evidência. As estruturas danificadas chamaram a atenção de quem passava pelo Complexo Deodoro e não estão ao lado uma da outra, mas em trechos distintos do logradouro. Duas ficam nas proximidades de um laboratório, às margens da Rua Silva Maia. A outra se encontra quase em frente ao Banco do Brasil, perto da entrada da Rua do Passeio.

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