Artigo

Cenas e respostas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

O aspecto mata, e mesmo que um clamor implore por socorro, o mundo não se moverá para acudir. Uns até usam a figura do bom samaritano tão-só para burlar os corações voltados para o bem, são iguais bactérias, e as línguas ferinas espalham o interesse pelo que está à vista, demuda até quem não parece ser tão assim, assim? Sim!

Deus de tão bom que é nos dá o sono sossegado, mas logo cedo os gostos dos gestos já trazem a antiga máscara de alguém. E de modo repentino, pensamos no nosso corpo e sua composição de 96% da nossa constituição composta por dados como: oxigênio, carbono, hidrogênio, e nitrogênio em forma de água. Sendo que 60% do corpo são constituídos por água. Será que nesta estrutura complexa humanamente frágil seriamos capazes de ver algo de compaixão e não de formação e tantas coisas mais essenciais? Sabendo que o mais grandioso disso tudo seria o cálice de poder sentir-se bem e sem indignação.

Agora iremos para uma viajem da realidade da cena, e você como protagonista: A criança de roupas sujas, descalça e de braços abertos para lhe abraçar, abraço que muitas vezes nos traz cura da indiferença e o sorriso alegra até quem não sorrir por causa das contrastas.

As cenas mudam e os personagens reais sofrem por outros motivos. Se for honesto é carêta, se é prostituta é descriminada, se é desonesto não é punido, se é crente tem o descrente, se é católico é carola. Nisto a angústia de tantos modos que maltratam, e uma ou muitas lágrimas correm no rosto e no coração o sangramento atando as respostas da razão.

Quando a noticia diz que fulano ou sicrano está preso entre quatro paredes por dias e até meses, aí os anexins vêm como se paredes esmagassem a esperança, e depois a outra noticia: a moça suicidou-se, o moço está com uma doença ainda não diagnosticada. Meu Deus porque que tanta indiferença, se fomos formados do mesmo sopro de vida?

O tempo passa e trás consigo a verdadeira historia já prenunciada, o exemplo poderia mudar, mas, somente Deus pode esclarecer porque a repetição do egoísmo, maldade e distorção. Algumas vezes o desejo confuso de que será que teremos tempo para ver alguma mudança? Ou apenas fazemos preces na fé dos que virão terão um significado do porque de tantas coisas sem definição e controle.

Onde estávamos quando recebemos o livre arbítrio? Quem escreveu todos os nossos dias num livro? Quem sabe do alto preço pago? Sobre quando a pedra angular era crucificada derramando sangue pagando o valor da nossa liberdade, onde estávamos? Nisto me vem uma conversa entre Deus e Jó (Biblia Jó cap. 38) Deus convence Jó da ignorância.

Amanhece e percebemos, estamos vivos! Agradecemos? Ou as ocupações, angústias, ou mesmo descaso nos iludiram a vivermos a superficialidade? E o café tem gosto que? De agradecimento? De nada? Ou tem gosto da graça da bondade de Deus por estarmos vivos?

As causas de bendizer são maiores. Por isso bendiremos: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo que há em mim bendiga ao seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades; Quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; (Salmo 103: 1-4).

Escrevemos e sabemos que o leitor lerá e quem sabe guardará isto! E um dia distante alguém imagine quem escreveu algo que no momento terá resposta!

Aldinha Blume

Chanceler master, comendadora e membro da Academia Arariense de Letras

E-mail: aldablume2@gmail.com

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