Eleições

Bolsonaro diz que Argentina ''escolheu mal'' após vitória de Fernández

Presidente disse lamentar eleição no país vizinho ao deixar os Emirados Árabes. Chapa peronista derrotou Macri em 1º turno

Globo.com

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
(Jair Bolsonaro)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (28) que ‘lamenta’ a eleição de Alberto Fernández na Argentina e que não parabenizará o novo presidente do país. “Lamento. Eu não tenho bola de cristal, mas eu acho que a Argentina escolheu mal”, disse o brasileiro ao deixar os Emirados Árabes, onde estava desde sábado (26).

“Não pretendo parabenizá-lo. Agora, não vamos nos indispor. Vamos esperar o tempo para ver qual é a posição real dele na política, porque ele vai assumir, vai tomar pé do que está acontecendo e vamos ver qual linha que ele vai adotar", disse Bolsonaro.

Com a ex-presidente Cristina Kirchner como vice na chapa, Alberto Fernández derrotou o atual mandatário, Mauricio Macri – resultado previsto ainda nas prévias eleitorais de agosto.

Com 97,4% das urnas apuradas, Fernández tinha 48,02% dos votos. Macri, 40,46%.

Ainda de acordo com Bolsonaro, Fernández e Kirchner venceram as eleições porque as reformas propostas por Macri não deram resultado. “Agora, o povo botou no poder quem colocou a Argentina no buraco lá atrás", disse o presidente brasileiro.

Mercosul - Bolsonaro também disse que pretende manter relações bilaterais com a Argentina, mas que os vizinhos podem ser “afastados” do Mercosul se o novo presidente interferir no acordo do bloco com a União Europeia.

“Não digo que sairemos do Mercosul, mas poderemos juntar com o Paraguai. Não sei o que vai o que vai acontecer com o Uruguai, vamos ver o que vai ser nas eleições do Uruguai, e decidimos se a Argentina fere alguma cláusula do acordo ou não. Se ferir, nós podemos afastar a Argentina. A gente espera que nada disso seja necessário. Espero que a Argentina não queira, na questão comercial mudar o seu rumo", afirmou.

Anunciado em julho, após 20 anos de negociação, o acordo foi celebrado pelo governo Bolsonaro como uma maneira de impulsionar a economia do Brasil.

Alguns países, como a França, já sinalizaram que não concordam com os termos da parceria. Fernández defendeu a revisão durante uma visita a Curitiba em agosto, quando esteve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso após condenação na Operação Lava Jato.

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