Editorial

Mercado de trabalho está reagindo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

Em que pese o clima político em Brasília não ser dos melhores, com mais uma crise no governo Bolsonaro, desta vez envolvendo seu próprio partido, o PSL, tem-se uma notícia boa: o mercado de trabalho reagiu tão bem setembro, que pela primeira vez este ano as 27 unidades da federação registraram saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada.

Esse é um ótimo indicador de que aos poucos a economia vai se recuperando e os empregos vão sendo abertos, ainda que não velocidade que se espera, uma vez que ainda há mais de 12 milhões de desempregados no país, de acordo com informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram em setembro, o Brasil gerou 157.213 vagas de empregos formais, melhor resultado para este mês desde 2013, quando foi registrado resultado positivo de 211.068 vagas. No acumulado dos nove primeiros meses de 2019, o país registrou a geração de 761.776 empregos, desempenho 6% melhor que o de igual período do ano passado.

O emprego formal teve resultados positivos em sete setores econômicos em setembro e saldo negativo em apenas um setor. Os setores com números positivos foram Serviços (+64.533 vagas); Indústria da Transformação (+42.179); Comércio (+26.918); Construção Civil (+18.331); Agropecuária (+4.463); Extrativa Mineral (+745) e Administração Pública (+492). O único setor com resultado negativo foi o de Serviços Industriais de Utilidade Pública (-448 vagas).

O estado de São Paulo teve o melhor desempenho absoluto na geração de empregos, com a oferta de 36.156 novas vagas. A maior variação percentual ocorreu em Alagoas, que atingiu 4,95%, resultado de 23.683 admissões e 7.154 demissões.

No Maranhão, o cenário do mercado de trabalho segue o nacional, com saldo positivo, com a abertura de 1.761 novas vagas com carteira assinada. Dos oito setores econômicos, sete apresentaram resultado positivo. O setor de Serviços foi destaque com a criação de 1.411 novos postos formais. Também tiveram saldo positivo os setores de Comércio, Agropecuária, Serviços, Serviços Industriais de Utilidade Pública, Extrativa Mineral e Administração Pública.

A perspectiva daqui para dezembro em todo o país é ainda melhor, cuja oferta de vagas de emprego temporário no comércio varejista no Natal deverá ser a maior dos últimos seis anos. É o que projeto a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), estimando a contratação de 91 mil trabalhadores no período. O número, segundo a entidade, representa um aumento de 4% em comparação com 2018.

Os setores do comércio que deverão ter os maiores volumes de contratações, serão os ramos: de vestuário (62,5 mil vagas) e de hiper e supermercados (12,8 mil). Segundo a CNC, oito em cada dez vagas ofertadas deverão ser preenchidas por vendedores (57 mil), operadores de caixa (13 mil) e pessoal de almoxarifado (4,6 mil).

Nesse panorama de otimismo, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) prevê que em torno de 1.100 novas vagas com carteira assinada deverão ser geradas no comércio de São Luís no período de outubro a dezembro.

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