Exame nacional

Enem: exame agora é aceito em 42 universidades portuguesas

No Brasil, em 2018, foram mais de 200 mil vagas em todas as universidades federais no país disputadas por quem fez a prova; Enem continua sendo a principal prova nacional e a segunda maior do mundo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Estudante carrega prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano passado
Estudante carrega prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano passado (Divulgação)

BRASÍLIA - Principal porta de acesso para o ensino superior no Brasil, o Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) agora também é aceito pelo Instituto de Estudos Superiores de Fafe (IESFafe), em Portugal . Esta é a 42ª instituição portuguesa a adotar a prova. No Brasil, em 2018, foram mais de 200 mil vagas em todas as universidades federais no país disputadas por quem fez a prova.

Neste ano, no entanto, algumas instituições já anunciaram que não utilizarão o exame ou mudarão o seu uso em sua seleção. Ainda assim, o Enem continua sendo a principal prova nacional e a segunda maior do mundo.

Entre as universidades nacionais, o Enem é utilizado majoritariamente através do Sisu , um sistema que centraliza as vagas das instituições de ensino superior federal no país e utiliza a nota da prova como critério de seleção.

Ao entrar no Sisu, o candidato pode escolher duas opções de curso para concorrer e, enquanto o sistema estiver aberto, ele pode mudar suas escolhas . Cada instituição escolhe a forma que vai adotar a nota do Enem. Pode ser desde a média simples das cinco provas feitas, bonificação para alguma prova em determinado curso, média mínima para entrar ou uma nota mínima.

O Sisu também já pede se o candidato vai concorrer em ampla concorrência ou disputará em vagas reservadas por ações afirmativas como cotas raciais e estudantes de colégio público.

Em qualquer uma das escolhas, o candidato deve ficar atento enquanto o sistema está aberto, pois diariamente ele mostra como está a nota de corte em cada curso. Dessa forma, o estudante pode alterar sua opção caso perceba que não terá chances. Ao final do último dia, o sistema fecha e fornece a lista final de quem foi aprovado e quem não conseguiu, mas poderá ficar na lista de espera por uma vaga ociosa.

Universidades

Desde que assumiu o novo modelo de prova, o Enem passou a ter adesão das universidades federais e de algumas universidades estaduais. Cada instituição escolhe como vai utilizar a prova. Algumas podem destinar todas as suas vagas para o Sisu, outras reservam um percentual e algumas ainda utilizam o exame como uma bonificação em seus vestibulares tradicionais.

Mas, para quem quiser estudar fora do Brasil, o Inep , autarquia federal que organiza o Enem, possui convênios com 42 instituições do ensino superior portuguesas.

Apesar da força do exame nacional e internacionalmente, nos últimos meses algumas instituições anunciaram que não vão usar o Sisu ou vão alterar a forma de utilização do sistema e até mesmo da prova.

A Universidade de Brasília (UnB) anunciou que usará a nota do Enem nos mesmos moldes que fez nas últimas edições, mas não participará do Sisu. A decisão se dá por uma percepção de que os alunos se inscrevem em cursos devido a nota de corte, e não por quererem estudar aquela graduação. Com um sistema próprio, a instituição espera atenuar esse tipo de escolha.

Já a UFRGS diz que manterá 30% das vagas reservadas para o Sisu, utilizando a nota do Enem. Porém, a universidade utilizava a nota do Enem como uma forma de complementação de nota ao seu vestibular tradicional. Para a edição do ano que vem, a instituição federal afirmou que não contará mais com essa bonificação.

ProUni

O Programa Universidade para Todos ( ProUni ) fornece bolsas parciais ou integrais em graduações de universidades privadas. Para participar, o candidato deve ter cursado o ensino médio em colégio público ou ter tido bolsa integral em colégio particular. Pessoas com deficiência e professores da rede pública também podem pleitear. Outro critério é o de renda. Para bolsas integrais, o candidato deve ter renda familiar bruta mensal de até um salário mínimo por pessoa. Para as bolsas parciais, a renda deve ser de até três salários mínimos brutos por pessoa.

Para o processo regular do programa é utilizada a nota do Enem do ano anterior a seleção. Os candidatos que tiraram menos de 450 pontos na média das notas da prova do Enem ou zeraram a redação não podem participar.

De 2004 a 2018, o programa já concedeu 2,47 milhões de bolsas, sendo 695 integrais.

Fies

O Fies também é um programa voltado para o ensino superior em instituições privadas. Porém, ao contrário do ProUni que concede bolsas, o Fies disponibiliza um financiamento para o aluno, que será pago ao governo nos anos seguintes à sua formação.

O programa passou por diversas transformações após casos de fraude ou de não pagamento e atualmente trabalha de forma que o beneficiário paga mensalmente, durante o curso, um valor de coparticipação da mensalidade. Após o término da graduação, o saldo devedor será pago em parcelas calculadas de acordo com a realidade financeira do profissional.

O critério de seleção também utiliza a nota do Enem para escolher os beneficiários. O candidato pode usar sua nota de qualquer edição desde 2010, mas a média das provas devem ser igual ou superior a 450 e não pode zerar a redação.

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