Como já esperado, a novela da eleição interna do PT ganhou um novo capítulo. A Executiva Nacional da legenda decidiu, na última segunda-feira, 14, validar os votos anulados pela direção estadual da sigla no Maranhão. Com isso, o resultado da eleição para presidente municipal do PT em São Luís sofre mais uma modificação voltando como eleito, ou melhor, reeleito, o vereador Honorato Fernandes.
A eleição interna do PT é uma novela longa e cheia de trama de causar inveja a qualquer novela mexicana. Uma eleição para presidente do PT que tem um resultado e, logo em seguida, um recurso, que quando julgado anula o resultado anterior.
Tudo feito dentro de um esquema de interesses, no qual o julgador é o principal interessado no fracasso de seu “réu”.
Dando nomes aos atores: Kleber Gomes, aliados de Augusto Lobato (que disputa a reeleição na estadual) disse que os votos de Honorato não valiam por indícios de fraudes. Como bom aliados, Lobato colocou toda a sua “guarda” para acabar com a vitória do inimigo e cancelou seus votos dando a vitória a seu amigo e aliado do momento.
Mais recursos e a instância superior [Executiva Nacional] disse que os votos devem ser validados, e o resultado que tanto Lobato e Kleber Gomes queriam foi negado.
O próximo capítulo desta novela mexicana petista já está em curso: o deputado Zé Inácio e todo o seu gabinete - aliados de Augusto Lobato e Kleber Gomes - estão em São Paulo tentando convencer a direção nacional a mudar o que ela própria definiu.
O capítulo final deve ser apresentado em 2020 com um PT fraco para a disputa eleitoral devido a autofagia partidária de todos os anos.

Sem encontro
Augusto Lobato, o deputado Zé Inácio e o coordenador do PED no Maranhão, Fernando Silva (assessor de Zé Inácio) ameaçam não realizar o encontro petista para escolha de presidente estadual.
Motivo: Lobato ficou sem maioria dos delegados, o que pode levar a sua derrota rumo ao seu objetivo de se manter presidente estadual do PT.
O deputado Zé Carlos e o candidato Francimar foram os que obtiveram mais votos para compor um maior número de delegados.

Sem BOs
As delegacias do Maranhão sofrem com a falta de funcionários para fazer os boletins de ocorrência.
A causa para a falta de profissionais, que são, na maioria, terceirizados, estão sem contrato porque a empresa que prestava o serviço perdeu a nova licitação.
E a que ganhou ainda não conseguiu assinar contrato porque há recursos alegando problemas na escolha da nova empresa. Até lá, os BOs não vão sendo aceitos nas delegacias.

Sem transparência
Ainda não ficou clara a destinação de quase R$ 120 milhões em emenda da Comissão de Infraestrutura para ampliação da Base de Alcântara.
Pelos discursos e promessas de deputados e senadores, a exploração comercial da Base de Alcântara reduziria gastos da União e trariam dinheiro.
Mas antes de ser efetivada a tal exploração comercial da Base, o Governo Federal poderá investir milhões.

Sem tragédias
O vereador Raimundo Penha (PDT) encaminhou ontem sugestão de projeto de lei (254/19) para obrigar a revisão periódica de prédios públicos e privados acima de três pavimentos na capital maranhense.
Segundo o parlamentar, seria criado um grupo de trabalho para o monitoramento periódico.
O objetivo é evitar tragédias semelhantes como fora registrada em Fortaleza (CE) na terça-feira, 15. A matéria fora remetida às Comissões de Justiça e Planejamento Urbano.

Adiada
Foi transferida para a próxima sessão a apreciação do Parecer nº 440, de autoria da CCJ, contrário ao Projeto de Lei nº 350, de autoria do deputado Duarte Júnior (PCdoB).
A proposta prevê a proibição de empresas de concessão de água e energia realizem a suspensão do fornecimento de seus serviços em dias específicos.
Como não havia quórum qualificado, o próprio comunista apelou para que o assunto fosse adiado. Matéria deve entrar em pauta na próxima semana.

Eleito
Como esperado e anunciado pela coluna, o desembargador José Joaquim Figueiredo será o novo membro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão para o biênio 2020/2022.
Ele obteve 17 votos a seu favor e 11 contra sua adversária, desembargadora Ângela Salazar, que teve 11 dos 28 votos do pleno.
José Joaquim, em seu discurso improvisado, falou da importância da Justiça Eleitoral e da responsabilidade de fazer parte do TRE em ano eleitoral.

DE OLHO

1% é o percentual do fundo de ajuda a comunidades quilombolas em Alcântara, no Maranhão.

E MAIS

• Vale lembrar que José Joaquim Figueredo já foi corregedor eleitoral e vice-presidente do TRE. Na época, ele preferiu não assumir o comando do tribunal.

• Muitos anos depois, o desembargador parece ter mudado de ideia e já é aguardado pelos membros do TRE como o novo presidente a partir de maio de 2020.

• E a eleição para a presidência do TJ teve uma prévia da disputa, segundo magistrados. A eleição para a escolha do novo membro do TRE mostrou qual a inclinação dos desembargadores para abril de 2020.

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