Para ativistas

''Quem tentar atividades separatistas acabará esmagado'', ameaça Xi Jinping

Ativistas protestam em Hong Kong pela 19ª semana seguida. Movimento pró-democracia no território autônomo começou em junho

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
​Manifestantes formam barricada no meio de uma pista no distrito de Mongkok, em Hong Kong
​Manifestantes formam barricada no meio de uma pista no distrito de Mongkok, em Hong Kong (AFP)

PEQUIM - O presidente da China, Xi Jinping, advertiu que "qualquer um que tentar atividades separatistas em qualquer parte da China acabará com o corpo esmagado e os ossos quebrados", publicou ontem,14, a edição digital do jornal estatal "Diário do Povo".

"Qualquer força exterior que apoiar essas tentativas será considerada pelo povo chinês como fantasiosa", disse o governante durante uma visita de Estado ao Nepal no fim de semana.

Pouco depois, a agência estatal Xinhua divulgou uma versão um pouco diferente da declaração, sem menção ao "corpo esmagado e ossos quebrados", segundo a CNN. "Qualquer pessoa que tentar atividades separatistas em qualquer parte da China será esmagada, e qualquer força externa que apoie essas tentativas será considerada pelo povo chinês como fantasiosa".

Atos em Hong Kong

Os protestos antigoverno chinês em Hong Kong continuam pela 19ª semana seguida. No domingo,13, os manifestantes foram às ruas em número menor do que o visto nos últimos dias. Algumas das manifestações, em diferentes bairros, acabaram em confrontos entre as forças de segurança e ativistas. Vários deles estavam com o rosto coberto e saquearam lojas leais ao governo chinês. Também bloquearam ruas e lançaram objetos em vias férreas.

Os protestos no território autônomo ganharam força em junho por causa de um polêmico projeto de lei de extradição, se transformaram em um movimento que luta pela democracia e uma oposição ao autoritarismo de Pequim. Alguns manifestantes optaram por táticas mais radicais, abandonando o protesto pacífico, e os conflitos violentos com a polícia se tornaram frequentes.

Para a China, esses atos são incentivados pelo exterior, principalmente pelos Estados Unidos.

O presidente da China agradeceu ao Nepal pela "firme adesão à política de uma só China", que rejeita que Taiwan e Hong Kong sejam entidades independentes.

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