Crise

O problema é "contornável", diz Eduardo Bolsonaro sobre crise no PSL

Deputado federal e filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, garantiu ainda que a crise no PSL não contaminará a discussão de reformas no Congresso Nacional; movimento pede detalhamento de gastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Segundo Eduardo Bolsonaro, crise no PSL não vai contaminar reformas
Segundo Eduardo Bolsonaro, crise no PSL não vai contaminar reformas (Eduardo Bolsonaro)

São Paulo

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, minimizou ontem a mais recente crise do PSL. Ele afirmou que o problema é "contornável" e não vai "contaminar" a discussão de reformas no Congresso Nacional. "Só para morte não existe solução", disse a jornalistas, depois de participar de debate sobre reforma tributária, em São Paulo.

“O PSL tem uma troca de farpas ali, mas não podemos dizer que isso contamina todo o Congresso Nacional. As reformas brasileiras estão muito acima de qualquer discussão. Os problemas dentro do PSL são pontuais e vamos resolver de maneira interna”, afirmou.

O deputado preferiu não comentar informação publicada ontem pela coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, de que um grupo de deputados do PSL fará pedido formal à direção do partido para que sejam detalhados os gastos da edição brasileira da CPAC, evento conservador que ocorreu em São Paulo no fim de semana. "Eu desconsidero a Folha. Prefiro ler outra fonte", afirmou o deputado.

Depois de participar do debate, Eduardo afirmou que a reforma Tributária é "urgente", pois colocaria o Brasil no trilho da prosperidade, da geração de emprego e do aquecimento da economia. No entanto, evitou responder a uma pergunta sobre a proposta do governo federal para o tema. Ele apenas sorriu e encerrou a conversa com jornalistas.

Na semana passada, o ministro Paulo Guedes, da Economia, disse que a reforma Tributária, se tratada com urgência, pode terminar "mal feita", e afirmou que, após a reforma da Previdência, a prioridade será o pacto federativo. Antes, o ministro costumava dizer que a reforma Tributária era a prioridade do governo, depois da Previdência.

Decisão

O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-SP), avalia que a entrega de documentos com a prestação de contas do partido nos próximos dias será decisiva para saber o futuro do presidente Jair Bolsonaro e seus aliados na sigla. Vitor Hugo admite o racha na legenda e reforça que o PSL "teria muito provavelmente acabado" sem Bolsonaro. Em meio às tensões entre os correligionários, o parlamentar se reuniu com o presidente no Palácio do Planalto na manhã de ontem.

Ao conversar com jornalistas, Vitor Hugo falou que há uma parte do PSL, da qual faz parte, que quer manter o vínculo com o presidente da República. Segundo ele, integrantes da outra ala do partido ainda podem "aderir" ao movimento que pede acesso aos documentos. Novas conversas devem acontecer ao longo de toda a semana.

"O mais importante para quem está desse lado é a manutenção do vínculo e da lealdade com o presidente. O partido, o PSL, é um partido que teria muito provavelmente acabado se não tivesse dado a legenda para o presidente, por causa da cláusula de legenda que foi imposta pela lei. O presidente teve 57 milhões de votos. Havia outros partidos à época que haviam sinalizado para que o presidente pudesse ir para eles. Assim como hoje, alguns partidos já começaram também a sinalizar para uma possível ida do presidente”.

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