Editorial

FeliS 2019 - transformação e inclusão social

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

A Brasilidade na cultura contemporânea; Maria Firmina dos Reis e a literatura feminina; Ler a cidade e suas memórias; e Cidade livre, cidade do livro, foram alguns dos temas da Feira do Livro de São Luís - FeliS, que chega a sua 13ª edição em 2019.

Criada pela Lei Municipal nº 4.449, em 11 de janeiro de 2005, a FeliS consolida-se como o maior evento literário do Estado do Maranhão, concebido com o objetivo de fomentar a tradição literária e cultural da capital maranhense, propiciar o maior acesso ao livro, estimular a formação de novos leitores e incentivar as cadeias produtivas em torno do livro e da mediação da leitura.

Este ano, a FeliS, já em pleno andamento, no Multicenter Sebrae, se estendendo até o dia 20 deste mês, traz como tema Com o tema “O Brasil atemporal na obra de Aluísio Azevedo”, na proposta de trazer reflexões sobre a pluralidade de brasileiros que ainda são vistos como invisíveis sociais em espaços inóspitos ou em fronteiras urbanas onde a dignidade humana ainda não é respeitada e normatizada pela legislação vigente.

O patrono da Feira, o escritor maranhense Aluísio Azevedo, é reconhecido como aquele que inaugura o Naturalismo como movimento literário, a partir do romance O Mulato (1881).

A FeliS, que faz parte do calendário literário de São Luís, ofertará aproximadamente 600 atividades gratuitas no período, tais como palestras, rodas de conversa, aula-show, seminários, oficinas, curso e minicursos, exposições, lançamentos de livros, sessões de cinema, bate-papos, contações de histórias, espetáculos e performances teatrais, dentre outras. A expectativa é envolver mais de 10 mil alunos da rede pública estadual e municipal e participação de caravanas espontâneas de 14 municípios do estado.

Por meio de programação cultural diversificada, que envolve escritores, ilustradores, mediadores da leitura e contadores de histórias, artistas entre outros convidados, além de reunir, a cada edição, a Feira deve reunir um público de mais de 200 mil visitantes.

Muitos foram os homenageados ao longo de 13 anos, tais como Josué Montello, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro, José Chagas, Nauro Machado, Wilson Marques e Lourdinha Lacroix. Agora, nessa edição, os homenageados são Rosa Mochel e Dreyfus Azoubel.

Rosa Mochel Martins foi professora, geógrafa, historiadora e engenheira agrônoma, uma mulher que muito contribuiu para o desenvolvimento do Maranhão. Já Dreyfus Azoubel foi o primeiro repórter fotográfico do Maranhão. Trabalhou em vários jornais da capital. Na década de 1930, com apenas 12 anos de idade, entrou para o jornalismo fotográfico, profissão que durou 70 anos.

Quem for à Feira do Livro terá uma diversidade a explorar, nos mais de 30 ambientes com atividades acontecendo, além da presença de 300 editoras distribuídas em 70 estandes de livreiros locais e de todo o Brasil.

Nos espaços, serão realizadas palestras, café literário com rodas de conversas conversa com poetas, escritores e intelectuais, como também lançamento de livros de autores maranhenses.

Esse é o espírito da FeliS, um ambiente de democratização do acesso ao livro e valorização da leitura, acessibilidade, valorização da cultura popular e regional, enfim, um movimento que dialoga com ações que apontam o livro e a literatura como instrumento de transformação e de inclusão social.


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