Questão ambiental

Governo tem 15 dias para apresentar soluções para petróleo em praias do MA

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, 4 pontos da orla maranhense foram atingidos pelo derramamento de petróleo; bancada pede solução

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Segundo mapa divulgado pelo Ibama, 4 pontos nas praias do MA foram atingidos com derramamento de petróleo
Segundo mapa divulgado pelo Ibama, 4 pontos nas praias do MA foram atingidos com derramamento de petróleo (ibama)

O Governo Federal terá 15 dias para apresentar soluções práticas aos membros da bancada maranhense sobre o derramamento de petróleo que atingiu, desde agosto, praias no estado e em outros pontos do litoral brasileiro. Parlamentares querem ouvir de membros do Ministério do Meio Ambiente (MMA) quais medidas serão tomadas para minimizar os impactos em quatro pontos da orla maranhense - Praia da Travosa (Santo Amaro), Praia da Mamuna (Alcântara), Ilha do Livramento (Alcântara) e Praia de Itatinga (Alcântara).
O Requerimento nº 1.448/2019 foi encaminhado à pasta federal pelo deputado federal Pedro Lucas Fernandes (PTB) na última terça-feira, 8, e recebeu o apoio do coordenador da bancada do estado, Juscelino Filho (DEM). A O Estado, o petebista esclareceu que a questão é de utilidade pública. “É preciso saber o que está sendo feito para amenizar os danos ao meio ambiente. Trata-se de um fato grave e que deve ser esclarecido”, afirmou.

Reunião
Membros do MMA estiveram on­tem na Câmara dos Deputados em reunião deliberativa da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável para esclarecer as ações do governo. Além do titular da pasta, Ricardo Salles, também estiveram presen­tes gestores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), dentre eles o presidente do órgão, Eduardo Fortunato.
Na ocasião, os representantes federais informaram que, até o momento, 132 locais foram danificados com o óleo em 61 municípios e 9 estados (Alagoas, Bahia, Sergipe, Ceará, Piauí, Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte e Paraíba). Em reunião com parlamentares maranhenses, o responsável pelo Ibama informou que funcionários “estão sendo capacitados” para a retirada do material e atendimento aos animais.
Ainda de acordo com o Ibama, um trabalho de rastreamento pela Marinha é feito na costa brasileira. Até o momento, não há possibilidade de decretação de estado de emergência ambiental no Maranhão, co­mo ocorreu em Sergipe.
Além de Pedro Lucas e Juscelino Filho, o deputado federal Marreca Filho (PATRI) também se manifestou, pelas redes sociais, sobre o tema. Segundo o parlamentar, as manchas de petróleo “causaram inúmeros” prejuízos ao meio ambiente.

Mais

MMA suspeita de vazamento premeditado

Na última terça-feira, 8, o presidente da República Jair Bolsonaro informou que o MMA suspeita de um acidente premeditado. De acordo com o ministro Ricardo Salles, o movimento de óleo é de ida e volta do mar para a costa. “Nosso papel é agir rápido para retirar aquilo que está em solo”, disse. Segundo Salles, a mancha é constituída por petróleo cru, ou seja, não se origina de nenhum derivado, como gasolina e outros. O caso é apurado pela Polícia Federal (PF).

MA pressiona de novo Governo por crise ambiental

O Maranhão tenta novamente como estratégia colocar o Governo Federal “contra a parede”, em mais uma polêmica envolvendo questão ambiental. Assim como no conflito aberto entre Brasil e outros países, como a França, sobre o índice elevado de desmatamento e as constantes queimadas na Amazônia Legal, a União é pressionada a apresentar, o quanto antes, medidas para sanar o problema.
No fim de agosto, em encontro entre líderes do Executivo estadual, o governador Flávio Dino (PCdoB) aproveitou o desentendimento institucional criado por Jair Bolsonaro (PSL) contra o presidente da França, Emmanuel Macron, para cobrar do presidente da República mais moderação e diálogo. Segundo Dino, o “extremismo não seria adequado para uma questão tão delicada como o meio ambiente”.
Preliminarmente, o Governo Federal aponta a Venezuela como responsável pelo derramamento de óleo em boa parte da costa brasileira. A gestão venezuelana é recorrentemente comparada no âmbito ideológico com a esquerda brasileira, da qual faz parte o atual governador comunista.

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