Depoimento

Deputado quer CPI para apurar abuso de autoridade

Yglésio Moyses vai recolher assinaturas para criar uma CPI que investigue ação de delegado no MA

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Deputado Yglésio Moyses quer CPI para apurar abuso de autoridade de delegado
Deputado Yglésio Moyses quer CPI para apurar abuso de autoridade de delegado (Yglésio Moyses)

O deputado estadual Yglésio Moyses (PDT) afirmou ontem, durante pronunciamento na Assembleia Legislativa, que colherá assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de abuso de autoridade por parte de um delegado da Polícia Civil na cidade de Vargem Grande.

O anúncio foi feito depois de o delegado Pedro Adão negar-se a atender convocação da Comissão de Segurança da Casa para prestar esclarecimentos a respeito da prisão de um comunicador da cidade no mês de setembro.

De acordo com o parlamentar, não se tratava de convite e, por isso, o membro da Polícia Civil deveria ter comparecido. Ele destacou que o caso ganhou tanta relevância que até mesmo o presidente do Legislativo estadual, deputado Othelino Neto (PCdoB), fez-se presente à reunião, quando esperava-se pelo depoimento.

“O delegado foi convocado para prestar esclarecimentos nesta Casa na manhã de hoje [ontem] e não compareceu. O delegado regional Samuel Morita também foi convocado para que pudesse fazer avisar o delegado Pedro Adão. O e-mail com a convocatória foi respondido, portanto, ele [Pedro Adão] sabia da convocação, da necessidade de estar aqui e, mesmo assim, não veio”, disse.

Segundo Moyses, diante da atitude do delegado, a solução é a criação de uma CPI e a sua intimação para oitiva, o que garantiria à Assembleia a possibilidade de solicitar condução coercitiva em caso de negativa.

O posicionamento do parlamentar foi corroborado por Othelino. Para ele, “foi um episódio muito desagradável” e um “ato de desrespeito com a Assembleia”. l

Adepol apoiou delegado

Em nota de apoio ao delegado Pedro Adão, a Associação dos Delegados de Polícia Civil do Maranhão (Adepol), defendeu a atuação do seu filiado e disse que o comunicador Toninho Abreu resistiu à prisão. Segundo a entidade, tratava-se de um normal cumprimento de mandado, que ganhou maior repercussão por seus contornos políticos – Abreu é ex-vereador e secretário municipal em Vargem Grande – e pela “reação indevida, desarrazoada e criminosa” do alvo do mandado de prisão.

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