COLUNA

O que falta?

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

Todas as vezes em que há suspensão de serviços essenciais no Hospital Aldenora Bello, referência no Maranhão no tratamento de câncer, uma pergunta vem sempre à tona: para uma doença tão grave como câncer, por que o poder público não atua em conjunto e de forma eficaz?
Se é no Aldenora Bello que há tratamentos como a radioterapia e este procedimento é indispensável em alguns tratamentos, por que deixar suspender?
Se é a unidade de saúde que presta o atendimento especializado a crianças com câncer, por que deixar os serviços serem suspensos?
As questões, claro, devem ser direcionadas ao poder público. Os municípios não têm hospitais que tratem este tipo de doença. Nada mais justo as prefeituras contribuírem com o Aldenora Bello.
O Estado também não tem a estrutura do Aldenora Bello para combate ao câncer. Por isso, deveria investir no hospital.
Mas esses investimentos são poucos, concentrados em poucos serviços. No entanto, a demanda é grande.
O deputado Eduardo Braide (sem partido) lembrou que existe o Fundo de Combate ao Câncer no Maranhão e diz que, se usado, ajudaria.
Mas não seria a solução. A união dos poderes públicos e da sociedade pode manter em funcionamento o hospital, que é referência no Maranhão no tratamento de uma doença tão grave como o câncer.

Debate
A situação do Hospital Aldenora Bello foi tema de debate ontem, na sessão da Câmara Municipal de São Luís.
Os vereadores concluíram que o poder público precisa se mobilizar para manter em funcionamento os serviços de tratamento de câncer.
Somente o vereador Sá Marques (PHS) fez questão de lembrar que situação parecida da unidade de saúde foi denunciada ano passado, mas membro da direção disse se tratar de mentira, para agradar o governo estadual.

Cúpula
Quatro maranhenses fazem parte da direção nacional do MDB. Os deputados federais Hildo Rocha e João Marcelo ficaram no diretório nacional.
A ex-governadora Roseana Sarney é membro da Executiva Nacional, representando o estado.
Já o ex-presidente José Sarney continua como presidente de honra da legenda e também faz parte do diretório nacional da sigla.

Sem mudanças
Mesmo com essa nova composição do MDB em âmbito nacional, pouco vai representar no Maranhão, pelo menos por enquanto.
Motivo: o diretório, ainda comandado pelo ex-senador João Alberto de Sousa, tem validade por dois anos.
Somente após este prazo é que novas definições podem ser tomadas, e o comando do partido poderá seguir para “outras mãos”.

Relação
Sobre o deputado Hildo Rocha, além de ficar no diretório do MDB, ele também será membro da Fundação Ulysses Guimarães.
Segundo ele disse a coluna, esta foi uma forma de o MDB o manter no partido, visto que havia uma disposição do deputado de deixar a legenda.
A disposição se dava pela difícil relação que Rocha tem com o MDB local.

Soltura
O Tribunal de Justiça do Maranhão determinou a soltura de Júnior do Nenzim, acusado de ser o mandante da morte do pai, o ex-prefeito de Barra do Corda, Nenzim.
O filho, segundo as investigações, estaria endividado com a campanha fracassada que fez em 2016 e precisava pagar.
Para isso, começou a vender gados da fazenda do pai. Com receio de que o ex-prefeito descobrisse, Júnior do Nenzim, ainda segundo a investigação, armou para matar o próprio pai.

Sem inteligência
A inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP) até sabia que havia movimentos de organização criminosa para assaltar bancos na região oeste do Maranhão.
O Comando Geral da Polícia Militar foi acionado para mandar equipes do grupo de combate a assalto a banco, o Cosar, mas a tropa foi em data e municípios errados.
Os militares foram enviados uma semana antes e para as cidades de Urbano Santos e São Benedito do Rio Preto, que têm somente uma agência bancária. Enquanto a cidade-alvo, Tutoia, estava somente com seus poucos policiais.

DE OLHO

R$ 550 milhões é o valor já pago pelo governo estadual em dívida externa e interna este ano.

E MAIS

• A cidade de Tutoia, que foi o alvo da quadrilha de assalto a banco, tem três agências e todas elas acabaram sendo explodidas.

• Ao que parece, a inteligência da SSP deixou a desejar, não conseguindo evitar a ação dos criminosos.

• E a Polícia Militar demonstra falta de estratégia para combater os assaltos a banco, que este ano já chegam a 30 casos.

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