Doação

Após suspensão, cirurgias serão retomadas no Aldenora Bello

Procedimentos cirúrgicos serão reagendados depois de uma doação de R$ 60 mil que a Fundação Antonio Dino recebeu; Serviço de Pronto Atendimento (SPA), no entanto, continua suspenso

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Cirurgias voltarão a ser realizadas após doação de R$ 60 mil
Cirurgias voltarão a ser realizadas após doação de R$ 60 mil (Aldenora Bello)

Após terem sido suspensas no último dia 2, as cirurgias oncológicas no Hospital do Câncer Aldenora Bello (HCAB), em São Luís, serão retomadas, ainda nesta semana. De acordo com informações da direção da Fundação Antonio Dino (FAD), os serviços retornarão porque a instituição recebeu uma ajuda extra no valor de R$ 60 mil. A interrupção aconteceu depois que motores de ar comprimido foram danificados na semana passada. A emergência do hospital, porém, ainda não foi liberada.

O vice-presidente da Fundação, Antonio Dino Tavares, confirmou que as cirurgias serão retomadas até o fim de semana, pois o dinheiro recebido da ajuda extra vai possibilitar o conserto dos motores de ar comprimido, tornando possível o abastecimento de oxigênio para os procedimentos cirúrgicos. “Chamaremos o pessoal que estava atrasado e continuaremos a atender à população", frisou Antonio Tavares, que é um dos diretores do Hospital Aldenora Bello.

Segundo ele, as falhas apresentadas nos motores poderiam ocasionar problemas durante as cirurgias e colocar em risco a vida dos pacientes. Essa doação não comprometerá os repasses semanais à FAD. Apesar do retorno das cirurgias, o Serviço de Pronto Atendimento (SPA) continua paralisado.

Suspensão
O Serviço de Pronto Atendimento e cirurgias do Hospital do Câncer Aldenora Bello foram suspensos devido a riscos de desabastecimento de oxigênio e medicamentos. Naquele momento, um dos pacientes do HCAB disse a O Estado que, devido à interrupção, estava há mais de 40 dias sem tomar a vacina Onco BCG, essencial para o seu tratamento contra um câncer na bexiga.

Devido à suspensão, a direção do hospital emitiu, no mesmo dia, um comunicado, no qual confirmou a interrupção dos Serviços de Pronto Atendimento e das cirurgias.
A direção solicitou aos pacientes oncológicos que se deslocassem às Unidades de Pronto Atendimento (UPA), socorrões ou ao Pronto Atendimento Oncológico do Hospital Geral, nos casos de necessidade de atendimento de emergência.

Déficit do SUS
Em nota, a Fundação Antonio Dino, por meio do vice-presidente Antonio Dino Tavares, disse que, por se tratar de uma instituição filantrópica, o atendimento no Aldenora Bello é majoritariamente voltado para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e que o pagamento dos serviços prestados ocorre no mínimo 45 dias após o fechamento da fatura, em razão dos procedimentos burocráticos legais.

“Registre-se que o Município de São Luís tem mantido os pagamentos dentro do menor tempo possível, apesar das limitações burocráticas. Tal fato, porém, não exclui dois fatores importantes a serem considerados: o déficit dos valores pagos pelo SUS em relação ao custo real dos procedimentos e o tempo decorrido para seu recebimento”, diz Antonio Dino. Ele frisou que esses fatores impactam diretamente na saúde financeira da instituição e repercutem notadamente na falta de recursos.

Crise
Ainda na nota, Antonio Dino esclarece que a atual crise no HCAB originou-se do fato de que, em 2008, a Fundação firmou convênio com o Governo do Estado, para incluir em seus serviços o de Pronto Atendimento (SPA), mas isso foi suspenso em 2011. “A Fundação, ciente da importância desse serviço à comunidade, destinado exclusivamente aos pacientes oncológicos atendidos por meio do SUS, viu-se na contingência de mantê-lo, na esperança de que o Estado renovasse o convênio, não só por ter sido responsável por sua inclusão no atendimento do Hospital Aldenora Bello, mas também por ter ciência da extrema necessidade e relevância desses serviços para os pacientes portadores de câncer”, salientou o vice-presidente.

Conforme Dino, a recente interrupção do SPA e das cirurgias agendadas ocorreu devido à necessidade de manutenção em motores, cuja falha colocaria em risco a vida de pacientes. “As cirurgias serão remarcadas logo que seja finalizada a referida manutenção. Os pacientes serão informados”, enfatizou ele.

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