Alcântara

Polêmica de remoção de quilombolas em Alcântara atrasa AST na Câmara

Site levantou possibilidade de retirada de mais de 800 famílias de comunidades quilombolas; bancada faz reunião para discutir tema

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
(Alcântara)

A polêmica sobre a possível remoção de mais de 800 famílias de comunidades quilombolas no município de Alcântara por provável expansão de área da Aeronáutica, adiou a apreciação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) na Câmara Federal.

O tema surgiu na semana passada após o site Congresso em Foco apontar, em reportagem especial, com base em afirmação da Coalização Negra Por Direitos, uma organização de entidade do movimento negro, a possível remoção de quilombolas.

Na reportagem, o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente da República, admitiu a possibilidade de remoção das famílias.

O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) também chegou a admitir a possibilidade, apesar de ter negado, em seguida, a O Estado.

O AST, se aprovado, assegura uma parceria entre Brasil e os Estados Unidos da América para exploração comercial do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

O acordo foi assinado no mês de abril em Washington e teve relatório aprovado na comissão da Câmara.

Reunião

Após a polêmica, contudo, a bancada maranhense precisou se reunir novamente para discutir o tema.

O coordenador da bancada maranhense, deputado Juscelino Filho, chegou a sair em defesa da aprovação do acordo, após o site apontar prejuízos aos quilombolas.

“Esse acordo é muito importante do ponto de vista estratégico, econômico e social. Bilhões de reais serão investidos no Maranhão. Isso significa recursos na cadeia produtiva local e mais empregos, além de absorção de tecnologia e formação de especialistas universitários, entre tantos outros benefícios. É o que todos queremos e esperamos”, enfatizou.

O Acordo de Salvaguardas tramita em caráter de urgência na Casa, após aprovação de requerimento de urgência de autoria de Pedro Lucas Fernandes (PTB).

Com isso, irá a votação em turno único no Legislativo. Depois da apreciação, será enviada ao Senado Federal.

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