Saúde

Mês do Idoso alerta para o aumento nos casos de HIV na terceira idade

Segundo o Ministério da Saúde, em dez anos, o número de casos diagnosticados cresceu cerca de 657%; idosas representam a maior parte dos casos; estima-se que este grupo etário será 73% da população com HIV em 2030

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Casos de HIV entre idosos tem aumentado
Casos de HIV entre idosos tem aumentado (idoso)

São Paulo – Os últimos dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, publicado em dezembro de 2018, chamam atenção para o número de diagnósticos de HIV em pessoas da terceira idade. De 2007 a 2017, os diagnósticos cresceram sete vezes. Em mulheres com 60 anos ou mais, foi observado um aumento de 21,2% quando comparado ao mesmo período.

O Dia Internacional do Idoso, comemorado em 1º de outubro, trouxe uma oportunidade para discussão sobre a prevenção do HIV na terceira idade e para refletir sobre os motivos pelos quais ainda se registram tantos diagnósticos em uma era de tratamento, prevenção e informação como a de hoje.

"Com o aumento de parcerias sexuais na terceira idade, cada vez mais este grupo torna-se vulnerável a contrair o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Um dos principais motivos para isso é que alguns assuntos ainda são tabus na nossa sociedade, como o uso de preservativos por esta geração", conclui Rita Manzano Sarti, infectologista e diretora médica da Gilead Sciences – biofarmacêutica que tem o HIV/AIDS como uma de suas principais áreas terapêuticas de pesquisa e desenvolvimento.

Segundo especialistas, este aumento excessivo de casos de HIV na terceira idade também está atrelado à redescoberta do sexo por meio de medicações para impotência sexual e ao fato de que a maioria desta geração não aderiu à cultura do uso do preservativo, não se atentando ao risco de contrair o vírus.

"Por isso a informação e a quebra de tabu são importantes. É preciso falar abertamente sobre sexualidade e orientar as pessoas, independentemente da idade, sobre todas as formas de prevenção, não somente o uso do preservativo", conclui Rita Manzano.

Sobre isso, a médica explica que surgiram ao longo do tempo outras ferramentas eficientes e complementares para a prevenção do HIV/Aids. Chamada de Prevenção Combinada, esse conjunto de estratégias faz uso simultâneo de diferentes abordagens de prevenção e garante a proteção ideal para determinados públicos como as populações-chave e prioritárias.

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