Artigo

Sonhando com startups

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

Sempre me imaginei bem informado, acompanhando avanços tecnológicos, mudanças de velhos costumes, oferta de bens e serviços antes inimagináveis, enfim, julgava-me seguindo pari passu o progresso da ciência, dos negócios, da própria humanidade, enfim.

Dia desses, uma leitura de revista de bordo me fez mudar de ideia. Desconhecia as buscas por alimentos mais funcionais, nutritivos, isentos de aditivos químicos e nos quais a carne é substituída por algo não danoso à natureza. Não por coincidência, nas bancas as publicações do período tratavam desse assunto, com maiores ou menores destaques.

Hoje sei que há dezenas de empresas usando tecnologias de ponta para elaborar alimentos que imitam os de origem animal, para produzir comidas feitas com insetos, lácteos a partir de vegetais, hambúrgueres sem insumos de origem animal, carne bovina e de aves a partir de células-tronco, ovos de laboratório etc.

Como o mercado global da alimentação é de US$ 1 trilhão, todos os pesos pesados da indústria de alimento humano estudam novos rumos. Mas as estrelas são mesmo as startups. Uma finlandesa destacou-se por ter desenvolvido uma proteína natural, feita a partir de CO2, eletricidade e água.

Há startups brasileiras nessa onda. Uma delas vende hambúrguer de vegetais, com sabor e textura da carne bovina e já vale US$ 100 milhões. Outra produz barras de proteínas e snacks à base de farinha de grilo. Outra está servindo como plataforma de logística e comercio de alimentos e já tem valor superior a US$ 1 bilhão - um unicórnio, na linguagem apropriada.

Se de um lado o progresso nessa área deixou-me meio perplexo, de outro me emprestou ânimo. É que estamos longe dos “Vales do Silício” e, a rigor, sem centros de pesquisas. Então, sendo velho esse quadro, desde jovem carrego a ideia de que, se os estrangeiros podem, nós podemos. Também creio ser possível a caça com gatos, quando não se tem cães.

Bem, amparado em ideias de Einstein, na lógica e perfeição da natureza, vem-se, de há muito, tentando enriquecer quanticamente a matéria prima mais abundante do Estado - componentes do coco babaçu - para fins previamente determinados.

Veja-se: alimentos são aglomerados de energias, cuja organização lhes empresta a condição de matéria. Assim, depois de milhares de tentativas, conseguiu-se atrair, captar e “aglomerar”, em meio grama de mesocarpo de babaçu e com outro arranjo, energias para a melhor refeição humana. Essa é a ação que permite enquantar - enriquecer quanticamente - o mesocarpo.

A partir desse passo e de repetições dele, ficou pronto e acabado um extraordinário alimento. A ele chamou-se MANAH - como o bíblico. Hoje, decorridos vários meses da utilização dessa comida, por parte de milhares de pessoas, e após medições dos seus efeitos colaterais, dá para manter a crença de ser a melhor comida do homem.

O MANAH alimenta, nutre e energiza de forma inigualável. É prático, funcional, pode participar de qualquer programa alimentar, permite o “flexitarianismo”, pode afastar obesidade, diabetes, hipertensão arterial e outros males. Está livre de agrotóxicos, assegura a preservação de florestas e pode promover grande distribuição de renda.

Por fim, percebo que, antes, julgava-me em dia com a ciência. Depois, pesquisas disseram-me que não. Em seguida, comparações mostraram-me que o alimento enquantado é pole position na chamada “reinvenção da comida”. Daí, como por aqui as coisas quase nunca acontecem, não fiquei bem à vontade, mas me surpreendi SONHANDO COM STARTUPS.

J. B. Ribeiro

Adm. empresas e empresário

E-mail: ribeiroj2@msn.com

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