Laranjas

Bolsonaro decide manter ministro após indiciamento

Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) foi indiciado pela PF por suposto desvio de recursos públicos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Ministro Marcelo Álvaro Antônio foi indiciado pela Polícia Federal por desvio de verba do Fundo Eleitoral
Ministro Marcelo Álvaro Antônio foi indiciado pela Polícia Federal por desvio de verba do Fundo Eleitoral (Marcelo Antônio)

Brasília

O presidente Jair Bolsonaro pretende manter no cargo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, indiciado na sexta-feira, 4, pela Polícia Federal por suposto desvio de recursos por meio de candidaturas laranjas nas eleições de 2018. Na ocasião, Marcelo Álvaro presidia o PSL em Minas.

“O presidente da República aguardará o desenrolar do processo. O ministro permanece no cargo”, disse o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.

Desde o início das investigações sobre a atuação de Marcelo Álvaro e de seus assessores, Bolsonaro indicou que aguardaria a apuração da PF para definir o futuro do ministro.

Nos últimos dias, o presidente tomou posição semelhante para justificar a permanência no posto do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), que foi alvo de mandados de busca e apreensão da PF em setembro. Bolsonaro tem dito que é preciso ter algo "mais concreto" contra Bezerra e que ele tem feito um bom trabalho junto aos parlamentares.

Outro argumento repetido no Palácio do Palácio é de que o caso envolvendo Bezerra diz respeito ao passado e não está relacionado à atuação dele como líder do governo. O mesmo se aplica a Álvaro Antônio - que responde por irregularidades relacionadas à campanha eleitoral.

Em nota, o Ministério do Turismo afirmou que Álvaro Antônio ainda não foi notificado sobre o indiciamento, mas “reafirma sua confiança na Justiça e reforça sua convicção de que a verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada”.

Veja a lista de denunciados

• Marcelo Álvaro Antônio - ministro do Turismo
• Camila Fernandes - acusada de ser candidata-laranja
• Debora Gomes - acusada de ser candidata-laranja
• Haissander de Paula - ex-assessor do ministro quando ele era deputado federal, preso em junho deste ano
• Irineu Inacio da Silva - deputado estadual em Minas pelo PSL - conhecido como Professor Irineu
• Lilian Bernardino - suspeita de ser candidata-laranja
• Marcelo Raid Soares - dono de duas empresas gráficas em Belo Horizonte
• Mateus Von Rondon - assessor especial do ministro, preso em junho deste ano
• Naftali Tamar - suspeita de ser candidata-laranja
• Reginaldo Donizeti Soares - irmão de Roberto Silva Soares, sócio de duas empresas que prestaram serviço eleitorais às candidatas investigadas
• Roberto Silva Soares - Assessor do ministro e coordenador de campanha de Camila, Débora e Naftali, preso em junho deste ano

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