Editorial

Setembro Amarelo não acaba nunca

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

Outubro é o mês de conscientização para alertar sobre o câncer de mama. A doença afeta a vida de milhares de mulheres, e homens. No Brasil, em 2018, eram esperados aproximadamente 2,1 milhões de novos diagnósticos de câncer de mama, contribuindo com cerca de 11,6% do total de casos de câncer no mundo. Este tipo de câncer, segundo a última pesquisa realizada pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), é o quinto em questão de mortalidade no mundo. A pesquisa também aponta que uma a cada quatro mulheres que têm um caso de câncer diagnosticado têm câncer de mama, representando 24,2% do total. Mas, embora o Outubro Rosa seja importante, é imprescindível que não seja esquecido o que foi discutido no último mês. O Setembro Amarelo tratou amplamente dos temas depressão e suicídio.

Não é porque o mês acabou que esse assunto deve ser colocado de lado. A depressão não acaba com o fim da campanha Setembro Amarelo. Ela também acontece dentro do Outubro Rosa, do Novembro Azul, Dezembro Vermelho, e todos os meses do ano. A cada 40 segundos uma pessoa com depressão se mata no mundo, em decorrência de algum gatilho como o câncer talvez, ou apenas por não aguentar lidar com a sua dor pessoal.

Ainda que seja muito importante apoiar as campanhas desenvolvidas mês a mês, que reforçam as ações de conscientização e prevenção, é mais importante ainda não esquecer que essa conscientização deve ser contínua. É essencial divulgar informações relacionadas às doenças, como a depressão, que se caracteriza por uma tristeza profunda e duradoura, além de outros sintomas, mas que conta hoje com tratamentos modernos para alívio do sofrimento da pessoa em crise.

Hoje, a depressão já é considerada uma doença comum. A cada ano, uma em cada 20 pessoas apresenta um de depressão. As chances de alguém ter uma depressão ao longo da vida são de cerca de 15%. Ela se manifesta mais frequentemente no adulto, embora possa ocorrer em qualquer faixa etária, da criança ao idoso, sendo mais comum nas mulheres do que nos homens.

A causa da depressão não é conhecida. Sabe-se que vários fatores biológicos e psicológicos podem contribuir para seu aparecimento. Pesquisas mostram que na depressão há um desequilíbrio químico no cérebro, com alterações de neurotransmissores. A descoberta destas alterações permitiu o desenvolvimento de medicamentos específicos para o tratamento da depressão, os chamados antidepressivos.

Falar sobre depressão e o suicídio, sempre, é uma forma de ampliar e abrir um canal importante para tratar sobre saúde mental. Confirmar, aceitar e ajudar a suprir o sofrimento de quem sinaliza ou pede ajuda é papel fundamental dos pais, educadores e a sociedade como um todo.

É importante não ter medo de falar abertamente sobre o assunto e conversar, sem julgar. A pessoa que pensa em suicídio está sofrendo e não quer acabar com a vida, mas com sua dor. Disponha-se a ajudar a procurar um profissional de saúde mental e oriente a procurar instituições especializadas, como o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), o CVV (Centro de Valorização da Vida), cujo contato é o 188. O Setembro Amarelo não acaba nunca.

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