Investigação

Polícia Civil ainda investiga acidente que matou cinco no Jaracati

Motorista causador do acidente que matou cinco pessoas, permanece internado em um hospital particular, para evitar que a sua prisão já decretada seja cumprida

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Victor Yan Barros tenta evitar que a sua prisão seja cumprida
Victor Yan Barros tenta evitar que a sua prisão seja cumprida (Victor)

SÃO LUÍS - A Polícia Civil, por meio de autos complementares, continua investigando o acidente de trânsito ocorrido na madrugada do último dia 8, na Avenida Carlos Cunha, no bairro Jaracati, que resultou na morte de cinco pessoas. De acordo com a polícia, Victor Yan Barros de Araújo, de 25 anos, que estava conduzindo o veículo Corola a uma velocidade entre 92 a 105 KM/H, que é acima da permitida nessa via, foi preso em flagrante e ainda ontem estava internado em um hospital particular da capital.

O delegado Carlos Alessandro de Assis, superintendente da Polícia Civil da Capital (SPCC), informou que o inquérito desde o último dia 17 foi encaminhado ao Poder Judiciário, mas por meio de autos complementares o caso continua sendo investigado pela Delegacia de Acidente de Trânsito (DAT), coordenado pela delegada Rosa Maria Nava.

Segundo o delegado, ainda faltam realizar algumas oitivas na delegacia, inclusive, com testemunhas, que continuam internadas em hospitais da capital. A polícia ainda está no aguardado de resultado de exames periciais, feitos no Instituto de Criminalística (Icrim), no Bacanga.

Carlos Alessandro afirmou que um dos exames periciais comprovou que Victor Yan, no dia do acidente, estava conduzindo o Corola a uma velocidade entre 92 a 105 KM/H e a permitida nessa via é até 60 KM/H. “O velocímetro do veículo do acusado marcou uma velocidade entre 92 a 105 KM/H e foi comprovado por meio da perícia do Icrim”, esclareceu o delegado.

Exames

O delegado informou que um laudo pericial emitido pelo Instituto Médico Legal (IML) não apontou embriaguez do motorista do Corola, mas o resultado desse exame pode ter sido prejudicado devido ter sido feito cinco horas após o acidente.

Carlos Alessandro pontuou, ainda, que Victor Yan recusou a fazer o exame de bafômetro no local do fato como não aceitou a ser submetido ao exame de alcoolemia, no Icrim. “Ele não deixou ser retirado o sangue para verificar a dosagem de álcool”, explicou o delegado.

Ainda de acordo com Carlos Alessandro, há testemunhas, que já foram ouvidas na DAT, declararam terem visto Victor Yan ingerindo bebida alcoólica em um bar, na área do Calhau, horas antes do acidente do Jaracati. Peritos do Icrim encontraram, também, um “Narguilé”, que é um objeto geralmente utilizado para fumar entorpecente, dentro do carro do acusado.

Prisão

Carlos Alessandro informou que a prisão preventiva de Victor Yan já foi convertida em preventiva, mas ele ainda está internado em um hospital particular da capital, sob a vigilância de profissionais da área do sistema prisional.

Na última terça-feira, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nefi Cordeiro, negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Victor Yan. O ministro levou em consideração que o laudo pericial de embriaguez alcoólica foi realizado cinco horas após o acidente e deve ter influenciado no resultado como também no dia do acidente o acusado apresentava sinais de embriaguez e teria negado a realizar o teste do bafômetro.

Acidente

Na madrugada do último dia 8, Victor Yan Barros perdeu o controle do veículo nas proximidades da cabeceira da Ponte Bandeira Tribuzi, no Jaracati. O carro capotou, colidiu em duas motocicletas e despencou sobre um grupo de pessoas que estava participando de uma festa de aniversário.

O carro ficou destruído e Victor Yan sofreu escoriações leves e foi atendido ainda no local pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No local do acidente, morreram Maurício Andrey Soares, Henrique Martins Durans Neto e Carla Correa Diniz.

Os corpos foram removidos para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, para serem autopsiados. No final da manhã de domingo, 8, Tiana Alves Correa morreu no Socorrão II, e na tarde do último dia 14, Ana Lourdes Silva Matos não resistiu aos ferimentos que sofrera.

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