Artigo

O sossego e a crônica moldada de confiança

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

A rotina na crônica amoldada e ornamentada de tarefas que atuam nas nossas reações, e as palavras escritas aqui parecem marcar a narrativa e quando a noite chegar continuamos acreditando que um dia vestiremos as vestimentas da celebração. Então as horas seguem e a atitude como fiança pontuando cada coisa, nos trazendo agitações que ativam e aceleram o coração resultando em tudo aquilo que a rotina leva e representando partes dos nossos gestos, então reagimos às revides contrarias. Enfado ocasionado por pessoas que amam e gente que não ama, contudo, se a noite chegar e o sossego cativar o cansaço que veio de um dia de lutas, pedimos perdão, agradecemos, prossigamos acreditando que o novo dia chegará e nos encontrará já com as armaduras.

A vida na crônica parece juntar as letras para pronunciar e propagar expressões que ecoam em tons de ameaças, ofensas e misturam-se com carinho, então à mente chega a confundir-se, e uma confusão acontece no cotidiano, no mundo, nos amigos e talvez até no universo. Sem interrupção as horas passam e mesmo que corramos, será em vão não usar o filtro solar para ignorar o que incomoda e termos dias e olhares mais leves. Seguindo, ouve-se uma conversa, dirige-se o carro, e os metros da estrada da vida parecem sumir milagrosamente, tudo acontecendo pela soma das circunstâncias, das funções, tarefas, ações, reações, palavras e coisas, e quando voltarmos à noite já chegou e com ela o sono tranquilo afiançando o que está marcado.

O dia surge, o rumo é inusitado e o novo chega com as horas e impressões, pois o amanhã falará o que veremos não infortunando o que decidimos ser e esperar. O desgaste e ansiedade pelo não ainda visto é loucura e tende perpetrará o mal. Viver o contemporâneo confiante das vitórias nos fará sentir o bálsamo da fortuna e da verdadeira relação entre a concórdia, tranquilidade e paz.

Estimulados por um espiritualismo fortalecido de fé e alta confiança, assim serão aniquilados os traumas, temores e dores, definindo a vida pela forma que foi criada, assumindo a perfeita sintonia entre Deus e nós, sendo como a videira que em algum tempo o lavrador teve a paciência de esperar os seus frutos. Se perdermos estaremos na inspiração de que, se for preciso cortar tudo para nascerem novos ramos, cortaremos mesmo sentindo dores. Busquemos a sabedoria, e como frutos o conhecimento para andarmos por caminhos superando a dor dos espinhos, seguindo-os embriagados e deslumbrados no cheiro das rosas que um dia alguém sofreu aos cultivá-las.

As falácias iguais ruídos do mal embaraçam as vidas que se afogam nas maldades do mundo e o prazer da desgraça do próximo, ao contráio disto, avancemos na subida da história sem olhar para trás e mirando as forças reconstruídas a cada caminhar, sem a fadiga e ansiedade das falácias e vozerios maldosos. Levantando a cabeça, elevando os olhos para a resposta que vem do alto e nunca de baixo. Usando as armaduras próprias para combater a guerra da rotina. Não olhando para os bichos da direita e da esquerda. Vendo o reflexo na imagem e semelhança do milagre e dom da vida. E se for preciso parar para o ato de humilhação e perdão, pararemos. Sabemos que o nosso alvo os olhos naturais não veem, somente os sobrenaturais. Estaremos no lugar da fé quando a noite chegar e se o temor afrontar, o sossego e a crônica incidirá em moldes de confiança.

Aldinha Blume

Chanceler master, comendadora e membro da Academia Arariense de Letras

E-mail: aldablume2@gmail.com

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