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May Guimarães Ferreira - psicóloga, pedagoga e professora universitária

Orgulho de ser do Magistério Superior - Ela percorre uma trajetória profissional preocupada em democratizar a escola de qualidade para todas as camadas da população

Evandro Júnior/ Da equipe de O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
May Guimarães Ferreira atua na área desde a década de 1980
May Guimarães Ferreira atua na área desde a década de 1980

SÃO LUÍS - Encontrar o salto qualitativo para democratizar a sociedade brasileira por meio da Psicologia da Educação é o maior desafio da psicóloga, pedagoga e professora universitária May Guimarães Ferreira. Ela, que é docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológica (IFMA) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), atua nessa área desde a década de 1980 e diz que o lhe prende a esse campo do conhecimento é a possibilidade de formar pessoas para trabalhar de forma humanizada na sociedade de classes.

May Guimarães Ferreira lançou recentemente a sua trajetória acadêmica
May Guimarães Ferreira lançou recentemente a sua trajetória acadêmica

Na última quinta-feira, a professora reuniu alunos, ex-alunos, docentes, amigos, ex-professores e admiradores para a solenidade de divulgação pública de seu Memorial de Docente Titular do IFMA do campus Monte Castelo. Ela diz que alcançou o nível de professora titular do Magistério Superior recentemente, mas tem convicção de que ninguém, no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo, alcança esse nível sozinho.

“Foi por isso que convidei a todos para apresentar, publicamente, a minha trajetória acadêmica, ao longo desses últimos decênios. São muitas conquistas e anseios e meu maior sonho é poder democratizar a escola de qualidade para todas as crianças das camadas majoritárias da população, desde as creches”, revela.

Nos últimos meses, assim como diversos outros profissionais da Psicologia, a professora vem acompanhando o debate em torno da problemática da depressão e suas consequências, a exemplo do suicídio. Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), os casos estão aumentando e, no mundo, 322 milhões de pessoas enfrentam o problema. No Brasil, 5,8% da população tem a doença, o que significa mais de 11,5 milhões de indivíduos. E mais de 18,6 milhões, ou seja, 9,3%, têm distúrbios relacionados à ansiedade.

Os dados alarmantes levaram a sociedade civil organizada a criar a campanha “Setembro Amarelo” e segundo a psicóloga, tragédia e dor psíquica não são novidades para o mercado da comunicação pós-moderna, mas o que acontece, na atualidade, é um tratamento superficial dado pelos meios de comunicação para conseguir audiência e seguidores.

Na opinião dela, os casos aumentaram ou ficaram mais expostos devido a uma série de fatores psicossociais. Nesse contexto, ela destaca as redes sociais e afirma que há inúmeras correlações, em função do nível de escolaridade e do nível econômico-social.

“A maneira mais correta dessa temática ser trabalhada é a partir de políticas públicas voltadas para o atendimento psicossocial de qualidade. Defendo que o Superior Tribunal Eleitoral exija como requisito mínimo para ser candidato a qualquer cargo público um atestado de sanidade mental e acompanhamento psiquiátrico ou psicológico”, diz.

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