Moção de desconfiança

Na volta do Parlamento, Boris Johnson desafia opositores

Líder da oposição, porém, quer adiar o prazo do Brexit mais uma vez antes de tentar forçar o Reino Unido a novas eleições

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, deixa a residência em Downing Street
Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, deixa a residência em Downing Street (Reuters)

LONDRES - O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, desafiou ontem,25, opositores a entrarem com moção de desconfiança para derrubá-lo caso queiram impedir o Brexit até 31 de outubro – prazo de retirada do Reino Unido da União Europeia.

"Ou este Parlamento permite que nosso governo entregue o Brexit, ou que entrem com moção de desconfiança e finalmente prestem as contas com eleitores", disse Johnson.

Em seguida, o líder do Partido Trabalhista e principal opositor do primeiro ministro, Jeremy Corbyn, rejeitou forçar novas eleições antes de tentar adiar novamente o Brexit.

"É muito simples: se você quer eleição, vamos conseguir um adiamento e vamos ter eleições", respondeu Corbyn.

O porta-voz do Partido Nacional Escocês, Ian Blackford – outro ferrenho opositor de Johnson –, foi além e pediu a queda do atual primeiro-ministro antes de promover novas eleições.

"Assim que retirarmos o primeiro-ministro e a ameaça de um Brexit sem acordo, as pessoas devem ter o direito à voz por meio de eleições gerais o mais rápido possível", afirmou Blackford.

Retorno do Parlamento

A declaração de Johnson ocorreu na primeira sessão do Parlamento do Reino Unido após a Suprema Corte declarar ilegal o fechamento parlamentar feito pelo primeiro-ministro com autorização da rainha Elizabeth II.

Os parlamentares ficaram 16 dias sem sessão – a última havia ocorrido em 9 de setembro. A medida foi considerada autoritária pelos parlamentares, que a viam como uma manobra às vésperas do Brexit.

Antes que a Casa fosse fechada, os parlamentares ainda conseguiram aprovar um projeto de lei contra a saída sem acordo em 31 de outubro.

Na prática, o projeto força o premiê a pedir uma extensão do prazo caso nenhum acordo seja fechado até o dia 19 de outubro. Johnson afirmou, entretanto, que não pediria adiamento de prazo.

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