Paisagem

Esfera de concreto do Complexo Deodoro é tirada do lugar

Estrutura teria saído do seu eixo após impacto de um ônibus; pedestres lamentaram o ocorrido

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Esfera de concreto saiu de seu eixo e está com ferro exposto
Esfera de concreto saiu de seu eixo e está com ferro exposto (esfera)

Entregue à população em dezembro do ano passado, o Complexo Deodoro, na região central de São Luís, já está sofrendo alterações em sua paisagem. Uma estrutura de concreto, que tem o formato esférico, está fora do lugar. A peça está separada do chão e caída ao lado do ponto de origem. Existe a possibilidade de ter sido um ato de vandalismo, mas, segundo comerciantes que trabalham no local, o impacto de um ônibus causou o desprendimento do ornamento.

As estruturas esféricas foram colocadas na lateral de todo o Complexo Deodoro, como parte do projeto paisagístico na revitalização do logradouro, e foram inseridas para proteger o espaço. A que está fora do lugar fica próximo de um laboratório, às margens da Avenida Silva Maia. Uma haste de ferro, que sustenta a esfera no chão, está em evidência devido ao desprendimento, tornando-se um perigo para quem transita distraído pelo local.

Segundo um vigilante que trabalha em frente ao ponto onde a peça se desprendeu, a estrutura de concreto saiu do lugar após ter sofrido o impacto da batida de um ônibus, que tentou desviar de outro coletivo. “Isso ocorreu de manhã, por volta das 8h. O motorista ainda desceu do ônibus para ver o que havia acontecido. Depois de ver a ‘bola’ solta, ele subiu novamente e seguiu viagem”, recordou.

O vigilante disse que, como a peça é muito pesada, não rolou muito no piso e parou ao esbarrar em uma árvore. A estrutura fora do lugar chamou a atenção de pedestres. “Essas esferas são bonitas. Eu achei que deram um toque estético interessante na paisagem da Deodoro. Já deveriam ter colocado essa esfera no lugar”, expressou a estudante Jéssica Martins Assunção, de 25 anos.
Uma nota foi pedida à Prefeitura de São Luís sobre esse fato e sobre a previsão para recolocação da estrutura de concreto, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.

Banco pichado
Em fevereiro deste ano, um banco do Complexo Deodoro foi pichado, o que também revoltou a população que usufrui da estrutura de madeira, uma vez que o espaço havia sido inaugurado há pouco mais de um mês antes desse ato de vandalismo. No dia seguinte à divulgação do caso, a Prefeitura de São Luís enviou uma equipe ao local, para a limpeza do banco.

Na época, o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Maranhão, Maurício Itapary, condenou a ação dos vândalos, que classificou como inaceitável. O prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, igualmente se manifestou e pediu a colaboração da população ludovicense para denunciar os criminosos. l

SAIBA MAIS

Entrega do Complexo
Como parte do projeto de revitalização da região central de São Luís, o Complexo Deodoro foi entregue à população no dia 22 de dezembro de 2018, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e Prefeitura de São Luís. Considerado o maior investimento na capital maranhense na recuperação do patrimônio público, o projeto reordenou toda a área, por meio da requalificação urbanística, que ofereceu nova paisagem com os elementos arquitetônicos.

Foram colocados novos pisos, os banheiros públicos foram estruturados, os bancos ornamentados com as pedras lioz e ações de jardinagem foram implantadas nos canteiros. Assim como foi renovada a iluminação pública. Um momento marcante foi o retorno dos bustos à Praça do Pantheon após 11 anos, totalizando 18 esculturas, que foram forjadas em bronze e seriam resistentes ao sol e à chuva, segundo a Prefeitura de São Luís.

Há bustos de Clodoaldo Cardoso, Gomes de Sousa, Henriques Leal, Arthur Azevedo, Urbano Santos, Dunshee de Abranches, Nascimento Moraes, Gomes de Castro, Bandeira Tribuzzi, Maria Firmina, Arnaldo de Jesus Ferreira, Ribamar Bogéa, Coelho Neto, Raimundo Corrêa, Raimundo Teixeira, Raimundo Corrêa de Araújo, Silva Maia e Josué Montello.

Os bustos haviam sido retirados em 2007 da Praça do Pantheon justamente devido à ação de vândalos. No Museu Histórico e Artístico do Maranhão, eles passaram por um processo de restauração e higienização.

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