Pressão dos EUA

EUA aplicam novas sanções para afetar relação entre Venezuela e Cuba

''Os benfeitores cubanos de Maduro cuidam do regime e sustentam o aparato repressivo'', diz secretário de Donald Trump

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Steve Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, durante reunião com representantes australianos em 20 de setembro
Steve Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, durante reunião com representantes australianos em 20 de setembro (Reuters)

WASHINGTON - Os Estados Unidos aplicaram novas sanções a empresas da área do petróleo na terça-feira,24, para abalar os laços do regime de Nicolás Maduro na Venezuela com Cuba.

"Os benfeitores cubanos de Maduro cuidam do regime e sustentam o aparato repressivo e de inteligência", disse o secretário do Tesouro Steven Mnuchin.

A decisão desta terça-feira se soma a outras adotadas para debilitar o apoio a Maduro, que está lidando com uma crise política e econômica quem, segundo a ONU, torna a assistência humanitária necessária a um quarto dos 30 milhões de venezuelanos.

As novas sanções são voltadas a quatro empresas – três registradas no Panamá e outra no Chipre – que enviam petróleo venezuelano a Cuba, além de quatro navios petroleiros.

"O petróleo da Venezuela pertence aos venezuelanos e não deveria ser usado como moeda de troca para sustentar ditadores e prolongar a usurpação da democracia venezuelana", disse Mnuchin.

Nesta tarde, em discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que "o ditador Maduro é um fantoche de Cuba".

Pressão ao setor de petróleo

O secretário Mnuchin, que se refere ao governo de Maduro como "o ex-regime ilegítimo", intensificou as sanções contra a petroleira estatal venezuelana PDVSA, que é a principal fonte de divisas do país.

As empresas afetadas pela sanção desta terça são Caroil Transport Marine Ltd., com sede no Chipre, e as baseadas no Panamá: Trocana World Inc., Tovase Development Corp e Bluelane Overseas SA.

As empresas terão seus ativos nos EUA congelados e também não poderão fazer negócios ou movimentações financeiras.

Acordo para investigar ligados a Maduro

Um dia antes, países signatários do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar) – inclusive EUA e Brasil – assinaram dispositivo para apertar a fiscalização contra pessoas e empresas suspeitas de vínculos com o regime de Maduro e com o narcotráfico e crime organizado.

"O objetivo é evitar que a Venezuela continue sendo território livre para atividades ilícitas e criminosas, que constituem graves ameaças à segurança regional, além de castigo sistemático ao povo venezuelano", disse o Itamaraty, em nota.

Ainda segundo o Ministério das Relações Exteriores, a resolução reconhece a situação na Venezuela uma ameaça "à segurança e estabilidade do Hemisfério".

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