São Luís - Mais de 500 atividades, 22 espaços com programação simultânea e mais de 60 livros a serem lançados são alguns números da décima terceira edição da Feira do Livro de São Luís (Felis), que acontecerá de 11 a 20 de outubro, no Multicenter Sebrae (Cohafuma). Este ano, o tema é “O Brasil atemporal na obra de Aluísio Azevedo”, tendo como patrono Aluísio Azevedo e como homenageados a professora, geógrafa e historiadora Rosa Mochel e o fotógrafo Dreyfus Azoubel (pelos seus centenários de nascimento).

O evento foi lançado na manhã de ontem, no Centro Cultural e Administrativo do Ministério Público do Maranhão, com a presença do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Junior, do secretário municipal de Cultura, Marlon Botão, do presidente da Academia Maranhense de Letras, Benedito Buzar, e do procurador geral de Justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho.

“Um dos pontos mais importantes que costumo destacar na realização da Feira do Livro de São Luís é o fato de darmos oportunidade aos autores maranhenses de poderem lançar as suas obras ao longo do evento, que é muito importante para a cidade de São Luís”, disse o prefeito Edivaldo Holanda Junior.

Segundo Marlon Botão, no ano passado a feira atraiu cerca de 160 mil pessoas e as expectativas para este ano são as melhores. “Este evento representa mais uma ação estruturante da Prefeitura de São Luís para que deixemos este legado. É a sétima edição sob a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior e convidamos a todos a participar desta grande festa literária”, disse.

Ao longo de dez dias, o público que prestigiar a feira, terá a oportunidade de participar de diversas atividades, como lançamentos de livros, bate-papos, conferências, oficinas, workshops, exposições, contação de histórias, exibições de filmes e comercialização de livros.

A Felis 2019 receberá mais de 100 convidados locais e 11 de outros estados e países. Entre os convidados de outros estados, destaque para o escritor e poeta angolano Lopito Feijó, que pertence a uma geração de poetas cujos temas giram em torno de relacionamentos, amor e as complexidades da vida. Além dele, foram convidados os escritores Cristóvão Tezza (SC), Conceição Evaristo (MG), Sônia Rosa (RJ), o tradutor e crítico literário Carlos Nejar (membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Filosofia), o poeta Salgado Maranhão (MA), Sérgio Luís de Carvalho (CE) e Renata Barcellos.

O público terá acesso a 300 editoras distribuídas em 70 estandes de livreiros locais e de todo o Brasil. Além disso, as ações serão em espaços como Auditório Aluísio Azevedo (com capacidade para até 200 pessoas, onde acontecerão as palestras, apresentações artísticas e demais atividades com temática do patrono); Casa do Escritor (local dos lançamentos de livros de autores maranhenses); Café Literário (espaço de convivência e promoção literária, realização de bate-papo, rodas de conversa com poetas, escritores e intelectuais); Casa do Professor (palestras, rodas de conversa voltadas para formação do educador); e Espaço da Juventude (programação voltadas para o público jovem).

Para o público infantil, o Cine FeliS terá duas salas de cinema com ambiente para projeção de curtas infantis e documentários. O Palco FeliS ficará na área do espaço infantil para contações de histórias, espetáculos, recitais de poesias, dentre outras atividades. A FeliS terá também os espaços infantis Sesc de Leituras e da Secretaria Municipal de Educação, com três carros biblioteca. Uma das novidades será o Espaço Rede Pontos de Leitura, um ambiente com programação infantil e relatos de experiências exitosas na área da leitura.

Inclusão - Uma das novidades é o Espaço Sensorial, que oferecerá uma série de atividades que permitirão aos visitantes entender um pouco do universo das pessoas com deficiências. Ainda dentro das ações da 13ª FeliS, será realizado, pela primeira vez, um grande “Aulão do Enem”, que reunirá sete professores de diferentes disciplinas, durante um dia inteiro de aula gratuita em auditório para mil pessoas. O auditório também será utilizado para outras palestras, apresentações artísticas e demais atividades com grande público.

O patrono do evento, Aluísio Azevedo, é um escritor reconhecido pelos pesquisadores e literatos como aquele que, a partir do romance “O Mulato” (1881), iniciou o Movimento Literário Naturalismo no Brasil. Aluísio traz em si a inquietude e o incômodo das questões sociais, políticas e econômicas num contexto histórico de transformações profundas provocadas pela ascensão do capitalismo, a vontade de uma sociedade republicana, as relações com imigrantes e a abolição da escravatura em obras literárias de grande impacto pela linguagem.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.