Preservação

Com parceria, França anuncia US$ 500 milhões para Amazônia

O presidente da França, Emamnuel Macron lidera mobilização por recursos. Anúncio foi feito ontem,23, em reunião paralela à Cúpula do Clima, em Nova York. Ele lamentou ausência do Brasil no encontro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
O presidente da França, Emmanuel Macron, na cúpula do clima da ONU, ontem,23
O presidente da França, Emmanuel Macron, na cúpula do clima da ONU, ontem,23 (Reuters)

NOVA YORK - O presidente da França, Emmanuel Macron, vem mobilizando os líderes internacionais para aumentar a destinação de recursos à proteção da Amazônia e outras florestas tropicais. Ontem, a França anunciou parceria com os maiores doadores internacionais, entre eles o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a ONG "Conservation International" para levantar US$ 500 milhões (cerca de R$ 2 bilhões).

Emmanuel Macron disse que a França irá contribuir com US$ 100 milhões deste total, para financiar, juntamente com o Banco Mundial e a Alemanha, o programa “Pro Green” de ajuda a projetos locais, segundo a agência francesa RFI.

O anúncio foi feito em Nova York, onde acontece a Cúpula do Clima da ONU. O financiamento do reflorestamento foi um dos temas centrais de uma reunião especial sobre a Amazônia organizada pela ONU, antes da Cúpula de Ação Climática dos líderes mundiais.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento vai apoiar ações desenvolvidas pelos países amazônicos. A "Conservation International", que é dirigida por Harrison Ford, investirá em iniciativas de ONGs, comunidades nativas e empresas privadas. O ator americano indicou hoje que a organização vai destinar US$ 20 milhões a esses projetos de defesa da Amazônia.

Ausência do Brasil

A iniciativa de realizar esse encontro foi do próprio Macron, juntamente com os presidentes do Chile, Sebastián Piñera, da Colômbia, Iván Duque, e da Bolívia, Evo Morales.

O Brasil não participou e Macron lamentou a ausência de representantes brasileiros. "Estamos discutindo tudo isso sem o Brasil presente. O Brasil é bem-vindo", disse, em seu discurso.

Nos Estados Unidos

Ativistas que cobram mais ações de políticos americanos para combater as mudanças climáticas interditaram ruas importantes da capital dos Estados Unidos ontem,23, chamando atenção para a cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) à qual líderes de cerca de 60 países comparecerão.

Entre as autoridades que participarão da conferência do clima estarão líderes de algumas das pequenas ilhas-Estados mais vulneráveis à elevação dos mares e executivos de empresas das quais se esperam novos compromissos de corte de emissões dos gases de efeito estufa.

Os ativistas visaram quatro locais, entre eles a praça Farragut, no centro de Washington, Columbus Circle, perto do terminal de trens de Union, e o parque Folger, no Capitólio.

Na esquina das ruas 16 e K, pouco ao norte da Casa Branca, ativistas empurraram um pequeno veleiro no meio do cruzamento e manifestantes se agarraram a ele. Cerca de 200 destes dançaram no meio da rua enquanto policiais abriam caminho pela multidão.

Cerca de 20 grupos

"Estou lutando por nosso futuro, porque se as coisas continuarem como estão, com as indústrias de extração de combustíveis fósseis... e gases de efeito estufa crescentes, não haverá um futuro bom para ninguém", disse Arielle Welch, voluntária de 23 anos do Movimento Nascer do Sol, um grupo sem fins lucrativos.

O protesto, chamado Interditem DC, foi apoiado por cerca de duas dezenas de grupos, entre eles a filial local dos Socialistas Democráticos da America, do Extinction Rebellion D.C. e do Black Lives Matter D.C.

A polícia metropolitana de Washington disse estar equipada para lidar com uma manifestação de qualquer tamanho.

O "Extinction Rebellion", que diz ser apoiado por centenas de cientistas, postula a desobediência civil sem violência para pressionar governos a cortarem as emissões de carbono e evitarem uma crise climática que teme trazer fome e colapso social.

Os manifestantes pretendem pressionar funcionários do governo dos EUA que estão ajudando a tornar Washington um obstáculo nas negociações climáticas internacionais, disse Kaela Bamberger, porta-voz do Extinction Rebellion D.C.

O presidente dos EUA, Donald Trump, que não vai participar da cúpula do clima da ONU e pretende retirar seu país do acordo de Paris de 2015, descartou regras de corte de emissões da era Obama e quer maximizar a produção de energia norte-americana.

O protesto de ontem,23, também almeja apoiar as greves de Greta Thunberg, ativista climática sueca de 16 anos que viajou a Nova York em um veleiro e participa da cúpula da ONU.

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