Exposição

As várias faces do nascimento apresentadas em exposição artística

"Vestígios de um Nascimento", da artista italiana Simona Luchian, fica em exibição na Galeria Trapiche até 25 de outubro, das 14h às 19h

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Uma das obras em cartaz na exposição "Vestígios de um Nascimento"
Uma das obras em cartaz na exposição "Vestígios de um Nascimento" (exposição vestígios de um nascimento)

São Luís - "Vestígios de um Nascimento", da artista ítalo-romena Simona Luchian, é o título da exposição em cartaz na Galeria Trapiche Santo Ângelo (Praia Grande), equipamento cultural da Prefeitura de São Luís. A mostra integra o edital Ocupação Trapiche e traz uma fusão de suportes como fotografia, escultura, instalação, pintura e performance. A exposição fica aberta à visitação das 14h às 19h de segunda a sexta-feira, até 25 de outubro.

As temáticas principais da exposição 'Vestígios de um Nascimento' são inerentes ao poder do olhar no sentido de 'tocar', como uma extensão - um cordão umbilical - através do qual a artista se nutre para encontrar o impulso da criação. Também esta vinculado ao conceito de viagem como renascimento, ao processo artístico como metáfora da gravidez.

Assim, a exposição tem como proposta narrar, por meio de imagens, o ato de nascimento e está dividida em três partes. A primeira inclui quatro fotografias de pinturas que simulam as pedras do Vale da Lua, na cidade Alto Paraíso de Goiás, cuja forma particular associa-se à 'plasticidade' da placenta e do útero. A segunda parte inclui a fotografia "Representação apolínea do desejo intraoceânico pelo cheiro no teu pescoço", que relaciona arte grega, amor e saudade da artista de sua terra natal, a Itália.

Fruto de uma viagem da artista entre as cidades de São Paulo e São Luís, a terceira parte é um livro fotográfico com registros de vários lugares onde uma foto dos olhos da autora foi afixada. "Essa prática decorre do desejo de deixar um rastro do meu caminhar e de criar um relacionamento existencial e íntimo com o lugar que meus olhos 'tocaram', através da captura fotográfica, produzindo um curto-circuito", conta.

Suportes

Apesar de envolver diferentes suportes, a fotografia é o centro de gravidade do trabalho da artista, embora ela não se considere fotógrafa. Nesse contexto, a fotografia é considerada além do seu potencial documental, com uma espécie de 'poder escultórico'. "Na minha prática, a fotografia possibilita a criação de novos espaços com vida e significados próprios, é, portanto, uma maneira de colocar em prática um desaparecimento completo dos objetos em favor das imagens", explica.

Simona Luchian (1989) é uma artista visual ítalo-romena, graduada em filosofia, e pós-graduada em Belas Artes na Academia de Brera (Milão). Já expôs em várias galerias de arte na Itália, Alemanha e Nova Zelândia.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.