Doença

Mais de 850 casos de dengue foram registrados em São Luís

Em todo o Maranhão, aconteceram, em 2019, 5.290 casos de dengue, segundo a SES; cinco pessoas já morreram devido à doença neste ano no estado

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Espaços alagados, como na Areinha, se tornam locais propícios para a proliferação do mosquito da dengue
Espaços alagados, como na Areinha, se tornam locais propícios para a proliferação do mosquito da dengue (dengue)

Neste ano, já foram registrados 1.439.471 casos de dengue no Brasil, do dia 30 de dezembro do ano passado a 10 de agosto deste ano, o que representa um aumento de 599,5% no número de casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2018, conforme dados do Ministério da Saúde. Somente no Maranhão, aconteceram, em 2019, 5.290 situações referentes à doença. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), desse total, 851 ocorreram em São Luís.

Do dia 8 de agosto até o último dia 18 de setembro, houve um aumento em 242 casos no Maranhão. De 5.048, passou para 5.290, e cinco pessoas já morreram neste ano em decorrência da doença, de acordo com boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Em 2018, no mesmo período, ocorreram dois óbitos.

Incidência
O Maranhão tem uma incidência de 313,0 casos de dengue por 100 mil habitantes neste ano, conforme dados do Ministério da Saúde. No mesmo período de 2018, essa incidência foi de 98,5. Em 2019, o estado já teve 121 casos de dengue com sinais de alarme (DSA) e 31 de dengue, grave. Ademais, houve cinco mortes de pessoas que contraíram a doença, e outros nove estão sob investigação.

No mesmo período de 2018, ocorreram 28 casos de DSA e cinco de dengue grave. Além disso, foram dois óbitos confirmados e seis que ficaram sob investigação. Ou seja, houve aumento em todos os aspectos quando os dados do ano passado são comparados com os deste ano, mas dentro do período de 30 de dezembro de 2018 a 28 de agosto de 2019.

Apesar do aumento de óbitos, o Maranhão ocupa a última colocação dentre os estados do Nordeste com relação à incidência de casos de dengue.

A Bahia lidera o ranking deste ano com 58.956 casos. Na sequência, aparecem Pernambuco, com 31.056; Rio Grande do Norte, com 24.635; Alagoas, com 17.486; Ceará, com 14.763; Paraíba, com 13.959; Piauí, com 6.720, e Sergipe, com 5.054.

Prevenção
Devido ao aumento de casos no Maranhão, a SES informou que realiza ações educativas e de mobilização social em apoio aos municípios, sendo estes os responsáveis pelas atividades de prevenção em suas cidades.

“Além disso, a SES realiza a capacitação de rotina dos técnicos municipais para manejo de inseticidas e operações de campo de combate ao Aedes aegypti, assim como disponibiliza apoio técnico nas áreas de surto e nas ações de controle vetorial com aplicação UBV, monitoramento e manejo clínico dos casos”, comunicou a Secretaria.

Nota da Prefeitura
A Secretaria Municipal de Saúde (Semus), por meio do Programa de Combate a Dengue, informou, em nota, que mantém uma rotina de ações que visam ao controle epidemiológico das arboviroses, diagnóstico e tratamento de casos. O trabalho prevê, ainda, ações de educação em saúde, para que a população possa contribuir com o combate ao Aedes aegypti.

A secretaria pontuou que, entre as atividades, realiza visitas domiciliares periódicas nos imóveis da cidade e em pontos estratégicos, como borracharias e cemitérios; nebulização espacial com carro fumacê nos bairros; palestras em escolas, creches, igrejas, associações de moradores e outros espaços públicos; recolhimento de bagulhos volumosos e pneus; mobilização social nos bairros de maior infestação; investigação hospitalar e domiciliar dos casos graves e óbitos por arboviroses; e capacitação dos profissionais de saúde.

Nota da SES
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) também informou, em nota, que o Maranhão notificou 5.290 casos de dengue, sendo 851 na capital, este ano. A SES ressaltou que realiza ações educativas e de mobilização social em apoio aos municípios, sendo estes os responsáveis pelas atividades de prevenção em suas cidades.

Além disso, a secretaria realiza a capacitação de rotina dos técnicos municipais para manejo de inseticidas e operações de campo de combate ao Aedes aegypti, assim como disponibiliza apoio técnico nas áreas de surto e nas ações de controle vetorial com aplicação UBV, monitoramento e manejo clínico dos casos.

Em relação ao sarampo, a SES informou que, até o momento, quatro casos foram confirmados pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs). Imediatamente, houve o bloqueio vacinal dos contatos diretos destes casos de acordo com o roteiro da linha cronológica de cada caso, traçado pela equipe de investigação municipal e estadual.

Por fim, destacou que as doses da vacina estão sendo distribuídas regularmente, conforme a população de cada município, e que este é o responsável pela imunização.

SAIBA MAIS

A DENGUE

A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Ela não tem tratamento específico, causa sintomas como febre alta e dores no corpo e pode até matar. Sua incidência aumenta no verão, em dias quentes e úmidos. O vírus que provoca essa doença pertence ao grupo dos arbovírus, que são passados por picadas de insetos, principalmente mosquitos.
O vírus passa por meio de uma fêmea do mosquito Aedes aegypti, que já esteja infectada por anteriormente ter picado alguém com esse inimigo no corpo. A partir daí, ela passa a transmiti-lo enquanto estiver viva. Para depositar seus ovos e se reproduzir, o mosquito precisa de água parada.
Por isso, é importante evitar acúmulo do líquido em recipientes como vasos de plantas, garrafas e pneus, e manter as caixas d’água fechadas. O uso de repelentes também é uma boa opção, principalmente em locais mais infestados. Respeite as orientações presentes na embalagem.

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