Incêndios

Focos de queimadas chegam a quase 9 mil neste ano, no estado

Somente nesta quarta-feira, 18, foram registrados 107 focos de incêndios florestais no Maranhão; equipes do Exército e CBM continuam no interior

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Equipes do Exército e Corpo de Bombeiros estão no interior do Maranhão atuando no combate a queimadas
Equipes do Exército e Corpo de Bombeiros estão no interior do Maranhão atuando no combate a queimadas (queimadas)

Segundo novo relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), já foram registrados 8.834 focos de incêndios florestais no Maranhão durante este ano, em um período compreendido do dia 1º de janeiro a 18 de setembro. Os números representam um aumento de 20% em relação ao mesmo intervalo de 2018, que fechou com 7.349. Militares do Exército e do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) continuam no interior maranhense combatendo as queimadas.

O relatório do Inpe demonstra que, no mesmo período de 2017, os focos de incêndios florestais no estado foram de 12.154. Em 2016, foram 10.294. Em 2015, esse número foi de 11.788. No ranking nacional, o Maranhão está ocupando a quinta colocação com relação aos focos acumulados. A lista é liderada por Mato Grosso, com 25.552 focos de queimadas. Na sequência, aparecem Pará, com 15.776; Amazonas, com 10.327 casos, e Rondônia, com 9.370.

Cinco meses
Nos últimos meses, os números aumentaram gradativamente no Maranhão, de acordo com informações do Inpe. Até o dia 18 de setembro, ocorreram 2.596 focos de queimadas. Em agosto, foram 3.366. Em julho, foram 1.078. Em junho, foram 749. E, por fim, em maio, foram 139. Somente na quarta-feira, 18, aconteceram 107 focos de incêndios no estado. Os números detalhados, de janeiro a abril, não constam no relatório do Inpe.

Operações
Equipes do Exército e do CBM continuam no interior maranhense realizando ações de combate às queimadas na “Operação Verde Brasil”. Os militares do 24º Batalhão de Infantaria de Selva (24º BIS) estão concentrados no município de Mirador, devido à demanda. Mas estavam atuando, também, em Humberto de Campos e na Região dos Cocais em parceria com os bombeiros militares, Centro Tático Aéreo (CTA) e Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).

“Os militares permanecem em Mirador. Só é deslocada uma outra fração de militares quando se apresentam focos de queimadas graves em determinada região. Naquela cidade, o nosso efetivo é de 35 homens”, disse o capitão George, chefe da Comunicação Social do 24º BIS. A atuação dessas equipes já conseguiu, recentemente, reduzir em 90% os índices de focos de incêndios florestais no Maranhão, durante 12 dias de operação conjunta.

Dinâmica da operação
Para essas operações, as tropas do Exército saíram a campo, da sede do 24º BIS, em São Luís, no dia 28 de agosto, em direção aos municípios maranhenses que seriam alvo da “Operação Verde Brasil”. Desde o início das ações, está em atividade uma Sala de Situação, que está montada na sede da Defesa Civil, na região central de São Luís. O objetivo é monitorar os focos de incêndio no estado, ainda mais neste segundo semestre, quando o período da seca, de estiagem, é intensificado.

Desse centro de comando, que contém integrantes do Exército e BPA, as regiões do Maranhão são estudadas para que as medidas de prevenção e combate às queimadas sejam executadas pela força-tarefa.

Capacitação
Antes da instalação da Sala de Situação, 150 integrantes do Exército foram capacitados pelo CBMMA para combater e prevenir as queimadas. O treinamento aconteceu no quartel do 24º BIS, no bairro João Paulo, em São Luís. Na ocasião, os bombeiros ministraram aulas para que os militares das Forças Armadas consigam debelar o fogo no menor tempo possível e de forma eficiente, a fim de evitar que as chamas se espalhem com rapidez.

Esta capacitação durou dois dias e foram utilizadas diversas técnicas com equipamentos distintos.

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