Vida Educação

Educação Física na infância: saiba as vantagens

Incentivar as crianças a se movimentarem para aprender mais e melhor faz bem também para a mente e, consequentemente, para o processo de aprendizagem

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

[e-s001]Ver uma criança correndo, brincando, dançando e se divertindo, com saúde e disposição, seja nos parques, na rua, ou em uma sala cheia de brinquedos, é uma das maiores alegrias da vida. O fato é que, além de fazer bem para o corpo da garotada, a educação física faz bem também para a mente e, consequentemente, para o processo de aprendizagem.
Contudo, cenas comuns no passado, quando crianças andavam de bicicleta, de patins, corriam livres nas ruas e praças, e subiam em árvores, por exemplo, estão cada vez mais difíceis de serem vistas atualmente, em especial nos grandes centros urbanos, por uma série de motivos. “Um deles, sem dúvida, é a preocupação das famílias com a segurança dos filhos, o que tem levado cada vez mais gente a viver em condomínios de apartamentos ou casas. Outro fator é a rotina atribulada de pais e mães, que passam a não dispor de muito tempo para dedicar ao lazer das crianças durante os dias de semana. E há, ainda, outra questão: a preferência de muitos jovens pela tecnologia”, elenca a psicóloga Celiane Chagas, do Hapvida Saúde.

Diante desse cenário, surgem muitos questionamentos: onde fica a interação e socialização com outras crianças? E o movimento motor para chegar à idade adulta? E a saúde? “O corpo necessita de movimentos e o ser humano, de interação, socialização. Precisa manipular e sentir, precisa tocar, e a infância é o período em que as descobertas começam. Se não há essas descobertas, não há evolução, e as consequências são preocupantes”, alerta Priscila Alves, coordenadora do curso de Educação Física da Faculdade Estácio São Luís.

Preocupada em priorizar a atividade física e o desenvolvimento motor dos alunos, a escola Maple Bear oferece a Educação Física na grade curricular dos estudantes desde a Educação Infantil, enquanto a maioria das instituições de ensino só apresenta a disciplina no Ensino Fundamental. No Infantil II (Intermediate Kindergarden, em inglês, já que a escola utiliza metodologia bilíngue canadense), mesmo ainda bem pequenos, com idade entre 5 e 6 anos, os meninos e meninas já experimentam bem os benefícios desses momentos de puro movimento. “Com as aulas e as atividades desenvolvidas dentro da Educação Física, o ganho dos alunos é ainda mais efetivo. Durante as aulas, eles expressam emoções, ampliam a postura corporal, auxiliam a linguagem e desenvolvem a capacidade afetiva e intelectual”, ressalta Marcelo Penha, professor de Educação Física da Maple Bear.

As mudanças do desenvolvimento motor também estão relacionadas ao afeto e às emoções. É na infância que se constroem o desenvolvimento psicológico e as habilidades motoras, e isto inclui atividades e brincadeiras. “O brincar no trabalho pedagógico é uma tarefa estratégica. Se na quadra eles desenvolvem atividades de coordenação motora ampla e fina, na sala de aula, encontramos os reflexos. Quando eles jogam uma bola e precisam recebê-la de volta, eles já têm o controle dos punhos e das mãos, o que ajuda diretamente na escrita e no desenvolvimento dentro de sala de aula”, explica a Ms. Carol Veloso, professora de uma das turminhas do Infantil II.

[e-s001]Além de trabalhar a coordenação motora de forma ampla, é possível perceber outros benefícios. “As crianças conseguem têm um senso maior de coletividade, respeitando a vez do amigo, desenvolvendo o cognitivo e sócio-afetivo, pontos que são importantes para uma convivência na sociedade. Assim, conseguem aprender brincando”, acrescenta a professora.
Ainda de acordo com o professor de Educação Física Marcelo Penha, o exercício físico é recomendado em qualquer idade, porém, é na infância que os movimentos são melhor trabalhados. “Conforme a criança avança com a idade, essas funções desenvolvidas ao longo do período auxiliam na melhora da capacidade de seus movimentos e habilidades e uma maior capacidade de controlar os movimentos”, destaca.

Novos profissionais da Educação Física
Na formação dos novos profissionais da Educação Física, o trato com as crianças é um ponto de alerta, já que é por meio desse mundo de experiências cognitivas que a criança começa a se relacionar com um meio social e físico, fortalecendo o desenvolvimento. Para estimular o intelecto e o físico, é preciso oferecer atividades cada vez mais desafiadoras. “A Educação Física consegue isso de forma muito prazerosa com jogos, brincadeiras e esportes”, exemplifica a coordenadora Priscila Alves, da Estácio São Luís.

Preocupada em formar profissionais cada vez mais preparados desde o início da graduação, a Faculdade Estácio incentiva e instrui os novos profissionais por meio de ações reais dentro do curso, como, por exemplo: visitas técnicas às escolas, organização de planos de aula, participação em ações sociais, aulas práticas com avaliações pedagógicas, além das aulas com disciplinas que focam principalmente no público infantil, tudo embasado em teorias que visam o pleno desenvolvimento das crianças.

Por reconhecer que a aprendizagem escolar é uma experiência intelectualmente estimulante e socialmente relevante, a Educação Física é indispensável na mediação com boa cultura geral e domínio dos conhecimentos. “Os nossos discentes aprendem a lidar com esse público, pois acabam percebendo que devemos focar no campo motor sem dissociar do lado social, cultural e afetivo da criança, porque ajudará de forma eficaz na sua infância”, conclui a coordenadora da graduação, Priscila Alves.

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