PARIS - Uma delegação da Guiana Francesa– território ultramarino da França na América do Sul – acompanhará o presidente Emmanuel Macron na cúpula especial do clima marcada para a próxima segunda-feira,23, na ONU.
No evento, Macron deve anunciar um plano para a Amazônia, após colocar as queimadas na floresta como uma das prioridades na cúpula do G7 em Biarritz, no fim de agosto. O tema gerou trocas de farpas com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
"Estamos todos preocupados. A França provavelmente ainda mais do que outros em torno desta mesa, já que somos amazônicos" , disse Macron, em referência à Guiana Francesa.
Localizada no nordeste da Amazônia, a Guiana Francesa é 98% ocupada por floresta – e o Parque Amazônico da Guiana, o maior da França, ocupa quase metade do território ultramarino.
Missão na ONU
O presidente da comunidade da Guiana Francesa, Rodolphe Alexandre, liderará a delegação. O grupo ainda incluirá representante das populações autóctones da região e o presidente do Parque Amazônico.
A presença dessa delegação "é inédita e é importante", insistiu a ministra dos Territórios Ultramarinos, Annick Girardin.
Ela disse que "o plano para a Floresta Amazônica" será discutido na quarta-feira em um comitê interministerial presidido pelo primeiro-ministro Edouard Philippe.
No fim de agosto, a ministra Annick e autoridades da Guiana assinaram um documento conjunto, pedindo a criação de um fundo internacional "contra os incêndios florestais e pelo reflorestamento".
Em outro documento, autoridades locais apontaram que o fogo "não é o único perigo que ameaça, ou destrói, a Amazônia", apontando o "extrativismo [exploração industrial da natureza]", que "tem grande parte de responsabilidade".
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