Violência

Maranhão registrou122 mortes a esclarecer em 2018, segundo Anuário Brasileiro de Segurança Pública

Dados foram levantados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública; em 2017, ocorreram 115 casos do tipo em todo o estado; registro mais recente foi a morte de um juiz, na piscina de casa

Daniel Matos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Juiz Fernando Cruz foi encontrado morto na piscina de casa, no Olho d’Água
Juiz Fernando Cruz foi encontrado morto na piscina de casa, no Olho d’Água (Mortes a esclarecer)

Números elevados. Um total de 122 casos de morte a esclarecer foi registrado ano passado no Maranhão, de acordo com os dados do 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Houve, em média, 11 casos por mês. Em ano de 2017, ocorreram 115 casos do tipo em todo o estado.

O anuário foi elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, por meio da coleta de informações junto às secretarias estaduais de Segurança Pública e Defesa Social e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda segundo os dados do anuário, ocorreram 8.111 mortes a esclarecer ano passado no Brasil, contra 7.537 casos em 2017.

No último dia 9, a polícia registrou um caso de crime dessa natureza na capital maranhense. A vítima foi o juiz da 7ª Vara Criminal de São Luís, Fernando Luiz Mendes Cruz, de 50 anos. A polícia informou que o magistrado estava de férias e foi encontrado morto na piscina da sua residência, no bairro Olho d’Água. O corpo foi achado no período da manhã por uma das empregadas do magistrado. Ela acionou o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), que mobilizou policiais militares e civis, Corpo de Bombeiros Militar e os peritos do Instituto de Criminalística (Icrim).

Os peritos do Icrim não constataram sinais de lesões, mas constataram um inchaço e sangramento nas narinas. O local também foi periciado e o resultado será encaminhado à equipe da Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP), que está investigando o caso. O corpo do magistrado foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, onde passou por outros exames periciais para identificar possíveis causas da morte.

Mais casos

Somente no mês passado, a polícia registrou quatro casos de morte a esclarecer na Grande Ilha. Uma das ocorrências foi registrada na tarde do dia 28. Os policiais da SHPP encontraram uma ossada em uma área de matagal, na Vila Cutia, área do São Raimundo. O local é de difícil acesso. Os peritos do Instituto de Criminalística e os integrantes do Corpo de Bombeiros Militar foram acionados.

O delegado George Marques, da SHPP, informou que existe a possibilidade de a ossada ser de Marcelo Alves dos Reis, que está desaparecido desde o dia 3 de março deste ano. Ele residia no bairro Sol e Mar e teria ido à residência de sua namorada, no São Raimundo. No local, a vítima teria sido abordada por um grupo criminoso e levada para uma área de matagal.

Três meses depois do desaparecimento de Marcelo, a polícia conseguiu prender três suspeitos, Alexandre Santos Silva, Luís Henrique Fernandes Filho e Layane Santos Santana. A namorada da vítima, que é menor de idade, foi ouvida na sede da SHPP, na Beira-mar, e disse ter sido obrigada a atrair o namorado até o São Raimundo, já que era ameaçada de morte por “faccionados”.

Ainda nesse mês, a polícia, encontrou, com o auxílio de populares, mais duas ossadas humanas. Uma delas, no dia 26, no Calhau. A outra, dia 21, no Turiúba, em São José de Ribamar. Em plena manhã do dia 18, pescadores encontraram um homem morto, na praia do Pucal, no município da Raposa. Os casos estão sendo investigados pela equipe da SHPP.

Números

122 casos de mortes a esclarecer ocorreram ano passado no MA

115 mortes a esclarecer no decorrer de 2017 no estado

11 casos desse tipo de crime por mês em 2018

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