COLUNA

Segundo plano

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), parece ter mesmo relegado a um segundo plano o debate sobre as queimadas e desmatamentos na Amazônia brasileira.
Na sexta-feira, 13, governadores e vice-governadores dos estados da Amazônia Legal reuniram-se com embaixadores de Noruega, Alemanha e Reino Unido, em Brasília, para discutir investimentos internacionais para ações ambientais na região.
O comunista maranhense, no entanto, não apareceu por lá. Preferiu enviar seu vice, Carlos Brandão (PRB).
Há duas semanas, ele já havia deixado de comparecer a reunião do tipo, no Pará, porque viajara a São Paulo para uma entrevista ao ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, com quem conversou sobre Jair Bolsonaro (PSL), conjuntura política nacional e eleições de 2020 e 2022.
Enquanto Dino seguia no Maranhão, em Brasília os governadores dialogavam com os embaixadores Nils Martin Gunneng (Noruega), Georg Witschel (Alemanha) e Vijay Rangarajan (Reino Unido).
Recentemente, os gestores da região afirmaram que estavam negociando o acesso direto ao Fundo Amazônia, sem intermediação do governo federal, depois de Bolsonaro afirmar que o Brasil não precisava do dinheiro alemão para preservar a floresta e sugerir à Noruega que utilizasse os recursos para reflorestar a Alemanha.

Constelação I
Apontado pelo superintendente da Seic, delegado Armando Pacheco, como investigado na operação que culminou com a prisão de dois dos seus assessores, o vereador Astro de Ogum (PL) pode ser o centro das atenções da polícia nesse caso.
A investigação foi batizada de “Operação Constelação”, numa clara referência a “estrelas” ou “astros”.
Em coletiva na manhã de quinta-feira, 12, o próprio vereador informou que já havia até sido intimado a prestar esclarecimentos na Delegacia de Combate a Crimes Tecnológicos, responsável pelo inquérito.

Constelação II
A propósito, em julho, o delegado Ney Anderson Gaspar antecipou, em depoimento à Comissão de Segurança Pública e Crime Organizado da Câmara dos Deputados, que Astro já era alvo de investigação.
- Ele [Jefferson Portela, titular da SSP] mandou fazer a interceptação telefônica do vereador - destacou.
O delegado citou a “Operação Constelação” e afirmou que foi Portela quem determinou a inclusão do número do telefone do vereador Astro de Ogum em escutas.

E aqui?
A propósito do assunto, o deputado federal Edilázio Júnior (PSD) cobrou do Ministério Público do Maranhão ação contra denúncias de grampos ilegais realizados pela Secretaria de Segurança local.
Nas redes sociais, o parlamentar compartilhou notícia dando conta da ação do MPF contra o Governo de Alagoas para tentar acabar com interceptações telefônicas consideradas ilegais.
- Estamos ansiosos para que o Ministério Público do Estado do Maranhão tome uma medida similar no caso de espionagem envolvendo a Secretaria de Segurança do Estado. Que sirva de exemplo! - destacou.

Fora do jogo
O juiz federal Roberto Veloso não vai mais ser candidato a prefeito de São Luís, como se cogitou nos últimos meses.
A amigos, ele confidenciou durante a semana que não pretende “entrar numa aventura” e que, por isso, vai abortar o projeto 2020. Em vez disso, vai concentrar esforços numa candidatura a desembargador federal.
Um problema a mais para partidos como o PSL, o Novo e o PSD, que “namoravam” o magistrado para tê-lo como candidato.

Caminho livre
Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira, 13, a exoneração de Mauro Rogério Maranhão Pinto, o Mauro da Hidraele, do comando do Incra no Maranhão.
Indicado pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), ele não passou sequer um mês na superintendência regional do órgão.
Com isso, o caminho está livre para a nomeação do indicado do também deputado federal Aluisio Mendes (PSC) ao posto. O escolhido deve ser Edson Faro.
Indisponibilidade
A Advocacia-Geral da União (AGU) divulgou na sexta-feira que conseguiu a indisponibilidade de bens e ativos financeiros de quase R$ 1 milhão do ex-prefeito de Caxias Humberto Coutinho, que faleceu em 2018.
Ele era acusado de improbidade administrativa por irregularidades na aplicação de recursos repassados por meio do Programa Nacional de Transporte Escolar - PNATE, a partir do ano de 2012.
A indisponibilidade de bens foi requerida pela AGU em Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa e deve recair sobre o espólio do ex-prefeito.

DE OLHO

R$ 109 mil foi quanto o deputado Duarte Jr. (PCdoB) já gastou com em criação e manutenção de páginas na internet apenas em quatro meses deste ano.

E MAIS

• Empresários apontam irregularidades em licitações realizadas na Secretaria de Estado da Agricultura Pecuária e Pesca (Sagrima).

• Num dos casos, um edital falava em “assistência técnica aos produtores da cadeia produtiva do mel”, mas o termo de referência citava “arranjo produtivo da cachaça”; uma confusão.

• O deputado federal Júnior Lourenço (PL) foi acionado na Justiça Federal por improbidade administrativa, por deixar de prestar contas de verba FNDE durante sua gestão como prefeito de Miranda.

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