Editorial

Dengue de volta

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

Mais de um milhão de casos de dengue foram registrados no Brasil de 30 de dezembro do ano passado até 24 de agosto deste ano, segundo informes do Ministério da Saúde, o que representa um aumento assustador de 599% no número de casos, em comparação ao mesmo período no ano passado, de 205.791 casos registrados no país em 2018, passou para 1.439.471, este ano.

O motivo do aumento exponencial, não foi revelado, mas o intenso período chuvoso que castigou o país pode ser uma das causas, aliada ao descuido da população com água acumulada em vários pontos das residências, e o trabalho não eficaz de combate à doença, feito pelos órgãos competentes.

No Maranhão foram registrados, até agora 5.048 casos, o que representa uma variação de 170,1% com relação ao mesmo período de 2018, que teve um saldo de 1.869 casos. Já há cinco mortes confirmadas e outras nove sob análise. Os dados coletados entre dezembro de 2018 e junho deste ano, apontavam que o estado possuía uma incidência de 49,7 casos a cada 100 mil habitantes, quando a média de incidência de casos segundo o Ministério da Saúde, era de 198,3 casos para cada 100 mil habitantes, até aquele mês.

Atualmente, a taxa de incidência da dengue no país é 690,4 casos a cada 100 mil habitantes, conforme divulgado pela Agência Brasil. No total, 591 pacientes com a doença morreram, neste ano, em decorrência de complicações do quadro de saúde.

Minas Gerais é, até o momento, o estado com o maior número de ocorrências, com um total de 471.165. Um ano antes, os municípios mineiros registravam 23.290 casos, seguido por São Paulo, com 437.047 casos.

No Nordeste, a Bahia é o estado com maior incidência de dengue, conforme o último boletim, 58.956, contra os 7.656 registrados no mesmo período em 2018. O número de casos no Nordeste passou de 55.924 para 177.677.

Ontem, o ministro da Saúde, Luís Henrique Mandetta, lançou uma nova campanha publicitária de combate ao mosquito Aedes aegypti, com o objetivo de mobilizar a população para combater o avanço das doenças no país.

É importante lembrar que, se o inverno trouxe acúmulo de água que facilitou a proliferação do mosquito Aedes aegypti, no verão o problema não deixa de existir pela ausência de chuva. Os cuidados devem ser os mesmos.

É imprescindível que a população mantenha ações de prevenção, como verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa, lavar semanalmente, com água e sabão, recipientes como vasilhas de água do animal de estimação e vasos de plantas, não deixar que se formem pilhas de lixo ou entulho em locais abertos, como quintais, praças e terrenos baldios é outro ponto importante. Outro hábito que pode fazer diferença é a limpeza regular das calhas, com a devida remoção de folhas que podem ter se acumulado durante o inverno.

Os cuidados devem ser diários e a população deve ficar atenta para impedir que sejam criados focos do mosquito em suas casas. Todo cuidado é pouco. No jardim, quintal, dentro e fora de casa, qualquer detalhe é importante para manter a saúde.

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