Julgamento

Acusados de canibalismo vão a júri popular hoje no fórum do Calhau

Rones Lopes da Silva, Enilson Vando Matos e Geovane Sousa Palhano foram denunciados pela morte de Edson Carlos, em 2013, no Complexo de Pedrinhas

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
O crime aconteceu no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
O crime aconteceu no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. (pedrinhas)

SÃO LUÍS - Os acusados de canibalismo, homicídio, tortura e esquartejamento, Rones Lopes da Silva, Enilson Vando Matos Pereira e Geovane Sousa Palhano, vão sentar na manhã desta sexta-feira, 13, no banco dos réus do Fórum Desembargador Sarney Costa. A vítima deles foi o presidiário Edson Carlos Mesquita da Silva, assassinado no dia 23 de dezembro de 2013, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

O julgamento vai ser presidido pelo juiz do 4º Tribunal do Júri de São Luís, José Ribamar Goulart Heluy Júnior. Durante a sessão, os acusados serão ouvidos, assim as testemunhas, seguidas da defesa e dos representantes do Ministério Público. Somente depois dessa etapa, o magistrado vai proferir a sentença.

Geovane Palhano também responde a duas ações penais na Comarca de Bacabal, enquanto Enilson Vando a um processo na 4ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís. Rones Lopes da Silva, por sua vez, responde a duas ações na 4ª e na 3ª Varas do Tribunal do Júri da capital.

Denúncia

Conforme a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na tarde do dia 23 de dezembro de 2013 e teria sido motivado por rivalidade entre facções criminosas dentro do presídio. Na cela 1 do bloco “C” do presídio São Luís II, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, os denunciados e outro detento (já falecido) mataram Edson Carlos Mesquita da Silva.

Após o crime, eles esquartejaram, vilipendiaram seus restos mortais (canibalismo) e destruíram o cadáver, conforme apontado na certidão de óbito, laudos de exame cadavérico e exame no local. Os restos mortais foram encontrados dentro de sacos de lixo e só foram identificados devido a uma tatuagem que a vítima tinha nas costas.

Uma das testemunhas declarou em juízo que todos os acusados são integrantes de uma facção criminosa contrária a de Edson Carlos Mesquita que teria sido assassinado com uma faca artesanal. Os denunciados teriam retalhado o corpo, assado e comido o fígado da vítima, oferecendo ainda aos demais detentos.

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