De olho na Presidência

Flávio Dino diz que esquerda vencerá Bolsonaro em 2022

Governador do Maranhão quer formação de uma frente de esquerda para derrotar presidente

Gilberto Léda/Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Flávio Dino participou de entrevista com o ex-prefeito Fernando Haddad
Flávio Dino participou de entrevista com o ex-prefeito Fernando Haddad (Dino Haddad)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou ao ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) que a esquerda conseguirá vencer as eleições de 2022. A declaração foi dada em entrevista a um programa do petista veiculado na internet.
Segundo o comunista, a partir de vitórias em importantes prefeituras no pleito de 2020, o campo progressista pode retomar o poder no país.
“Temos a eleição de 2020, e acredito que vamos vencer. Teremos um resultado bastante bom em 2020, teremos muitas vitórias de prefeituras, vamos trabalhar para isso. E vamos vencer a eleição presidencial em 2022, tenho certeza disso”, afirmou.
O comunista também reforçou a importância da formação de uma frente ampla de esquerda, confirmando o que fora divulgado no início da semana pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, sobre a criação de um grupo para viabilizar candidaturas fortes em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
“Temos esta tarefa, da unidade, e creio que temos avançado nesse sentido. Há um clima de muita cortesia entre várias lideranças, e isso é uma pré-condição – a conversa, o diálogo”, completou.
Segundo a publicação da Folha, Flávio Dino já conversou sobre o assunto com o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB-SP), que deve se lançar candidato a prefeito da capital paulista.
“As tratativas são iniciais, mas também em setores do PT paulistano há simpatia pela ideia, apesar das dificuldades: seria a primeira vez, desde 1985, que a legenda não teria candidato próprio na capital”, diz Bergamo.
A ideia do governador do Maranhão, segue a publicação, é formar uma frente plebiscitária contra Bolsonaro que incluiria PDT, PSB, PCdoB, PSOL e PT. “Ele acredita que, apesar das dificuldades, ela poderia ser fechada em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre”, completa.

Racha
O problema da atual estratégia do comunista é que, enquanto ele articula um plano que garanta vitórias no Sul e Sudeste, “em casa” ele vê sua base aliada rachar.
Com o afastamento de Dino do Maranhão desde sua reeleição para o segundo mandato, importantes lideranças de São Luís ligadas ao Palácio dos Leões têm dificuldades para um entendimento, também no debate sobre a construção de candidaturas para 2020.
Nos últimos dias, a base aliada vivenciou grave crise envolvendo o senador Weverton Rocha (PDT) e o deputado estadual Yglésio Moyses, ambos do PDT. O deputado pretende ser candidato a prefeito, mas Rocha, presidente estadual do partido, defende a candidatura do presidente da Câmara, vereador, Osmar Filho. Nesse caso, Moyses tem dito que deixa o partido, mas Weverton tenta vetar até a saída do hoje aliado.
Além disso, os deputados Duarte Júnior (PCdoB) e Neto Evangelista (DEM) têm protagonizado reiterados embates na Assembleia, tendo como pano de fundo discussões na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas que são fruto, na verdade, das pretensões eleitorais de ambos.
Ainda sem entendimento, o grupo do governador pode acabar perdendo o poder na capital maranhense, do qual é detentor desde 2012. l

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