Mostra

As tintas do cangaço

Mostra "Aquarela Cangaço" reúne trabalhos de autoria de Alexandre Mourão e está em cartaz na Sala Sesc de Exposições até 31 de outubro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Uma das imagens em exibição na mostra "Aquarela Cangaço"
Uma das imagens em exibição na mostra "Aquarela Cangaço" (expo cangaço)

São Luís - A fascinante história do cangaço e sua rica estética é fio norteador da exposição “Aquarela Cangaço”, que está em cartaz na Sala Sesc de Exposições (Av. dos Holandeses) até o dia 31 de outubro. De autoria de Alexandre Mourão, os trabalhos podem ser vistos das 9h às 12h e das 13h30 às 17h, exceto sábados, domingos e feriados. Também podem ser agendadas visitas mediadas.

A mostra traz cerca de 20 aquarelas produzidas pelo artista, psicólogo e professor de Artes Visuais da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Alexandre Mourão. “A exposição, além de adentrar no universo pictórico e colorido do cangaço a partir da sua estética, tem como objetivo expor uma técnica de pintura comumente associada à delicadeza, como o é a aquarela, com a temática sertaneja”, diz o artista.

Alexandre Mourão participou de intercâmbios na França e Argentina, de exposições coletivas no México, Macapá (AP), Teresina (PI) e exposições individuais em Brasília (DF) e São Luís (MA). Foi premiado na Semana Pernambucana de Artes Visuais (2011), Prêmio Leonilson – Secultfor (2013), 65º Salão de Abril – premiação máxima (2014) e contemplado nas 8ª e 11ª edições do Edital Rede Nacional Funarte. É organizador de dois livros na área de arte e memória.

Cangaço

Há 81 anos terminou um dos fenômenos nordestinos, de alcance internacional, mais complexos e marcantes: o cangaço. Este movimento de irredentismo que habita o imaginário popular sempre despertou curiosidade, sendo tema de diversos artistas como Cândido Portinari, Luiz Gonzaga e Glauber Rocha. Suas influências atuais são diversas, dentre elas a maior simbologia do Nordeste, o chapéu de couro com a aba levantada. Na abertura da mostra, que ocorreu ontem, o escritor sergipano Robério Santos, lançou em São Luís o livro “Zé Baiano”, como parte da programação.

O cangaço representou um movimento social ocorrido no Nordeste nos séculos XIX e XX, no qual os cangaceiros, grupos de nômades armados que viviam em bandos, demostravam a insatisfação pelas condições precárias em que a maior parte da população nordestina se encontrava, posto que o poder estava concentrado nas mãos dos fazendeiros. Além do contexto sociopolítico, o cangaço e seus mitos deixaram ramificações no turismo, na música, por meio do xaxado, na gastronomia e na indumentária.

Serviço

O quê

Exposição “Aquarela Cangaço”, de Alexandre Mourão

Onde

Sala Sesc de Exposições - Av. dos Holandeses, s/n, Quadra 04 – Jardim Renascença II

Visitação

Até o dia 31 de outubro, das 09h às 12h e 13h30 às 17h (exceto sábados, domingos e feriados)

Visitas mediadas

Pelo telefone (98) 3216-3830 / e-mail: galeriadeartesescma@gmail.com

Aquarela do cangaço

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