São Luís - A fascinante história do cangaço e sua rica estética é fio norteador da exposição “Aquarela Cangaço”, que está em cartaz na Sala Sesc de Exposições (Av. dos Holandeses) até o dia 31 de outubro. De autoria de Alexandre Mourão, os trabalhos podem ser vistos das 9h às 12h e das 13h30 às 17h, exceto sábados, domingos e feriados. Também podem ser agendadas visitas mediadas.
A mostra traz cerca de 20 aquarelas produzidas pelo artista, psicólogo e professor de Artes Visuais da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Alexandre Mourão. “A exposição, além de adentrar no universo pictórico e colorido do cangaço a partir da sua estética, tem como objetivo expor uma técnica de pintura comumente associada à delicadeza, como o é a aquarela, com a temática sertaneja”, diz o artista.
Alexandre Mourão participou de intercâmbios na França e Argentina, de exposições coletivas no México, Macapá (AP), Teresina (PI) e exposições individuais em Brasília (DF) e São Luís (MA). Foi premiado na Semana Pernambucana de Artes Visuais (2011), Prêmio Leonilson – Secultfor (2013), 65º Salão de Abril – premiação máxima (2014) e contemplado nas 8ª e 11ª edições do Edital Rede Nacional Funarte. É organizador de dois livros na área de arte e memória.
Cangaço
Há 81 anos terminou um dos fenômenos nordestinos, de alcance internacional, mais complexos e marcantes: o cangaço. Este movimento de irredentismo que habita o imaginário popular sempre despertou curiosidade, sendo tema de diversos artistas como Cândido Portinari, Luiz Gonzaga e Glauber Rocha. Suas influências atuais são diversas, dentre elas a maior simbologia do Nordeste, o chapéu de couro com a aba levantada. Na abertura da mostra, que ocorreu ontem, o escritor sergipano Robério Santos, lançou em São Luís o livro “Zé Baiano”, como parte da programação.
O cangaço representou um movimento social ocorrido no Nordeste nos séculos XIX e XX, no qual os cangaceiros, grupos de nômades armados que viviam em bandos, demostravam a insatisfação pelas condições precárias em que a maior parte da população nordestina se encontrava, posto que o poder estava concentrado nas mãos dos fazendeiros. Além do contexto sociopolítico, o cangaço e seus mitos deixaram ramificações no turismo, na música, por meio do xaxado, na gastronomia e na indumentária.
Serviço
O quê
Exposição “Aquarela Cangaço”, de Alexandre Mourão
Onde
Sala Sesc de Exposições - Av. dos Holandeses, s/n, Quadra 04 – Jardim Renascença II
Visitação
Até o dia 31 de outubro, das 09h às 12h e 13h30 às 17h (exceto sábados, domingos e feriados)
Visitas mediadas
Pelo telefone (98) 3216-3830 / e-mail: galeriadeartesescma@gmail.com
Aquarela do cangaço
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