Taxistas estão pedindo o cancelamento das eleições para a diretoria do Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários, Taxistas, Caminhoneiros e Transportadores de Bens Autônomos de São Luís. A categoria alega que apenas uma chapa está concorrendo ao pleito e que não houve transparência no processo. Também há denúncias de irregularidades sobre determinadas condutas da presidência da entidade.
O taxista Martimiano Costa Júnior, diante da situação, entrou na Justiça, na Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca de São Luís, ajuizando a ação e pleiteando um pedido de tutela de urgência de natureza antecipada. Segundo consta no documento, algumas irregularidades foram atribuídas ao presidente do Sindicato, Raimundo Renato Medeiros da Silva, que está no cargo desde 2015, e atuou como tesoureiro da entidade de 2010 a 2014.
A ação ajuizada, apresentada por Martimiano Júnior, mostra que as contas do ano de 2012 não foram aprovadas pelo Conselho Fiscal do Sindicato, e que as de 2013 não foram apresentadas. “As prestações de contas de 2012 não foram aprovadas por este conselho e a Diretoria não corrigiu e nem apresentou prestações de contas de 2013, o que segundo o Estatuto inviabiliza esta Diretoria de concorrer em outras eleições, tanto pelo desmando, por mau uso do erário como pelas prestações de conta”, diz o documento.
Nesse sentido, o Conselho Fiscal pediu à Justiça a aprovação para que fosse formada uma junta administrativa para promover uma eleição, a fim de formar uma nova Diretoria. Conforme o documento remetido à Vara de Interesses Difusos e Coletivos, Raimundo Medeiros continuou cometendo irregularidades estatutárias como presidente da entidade. E que ele recebeu aumento salarial muito acima do que foi autorizado pela Diretoria.
“Excelência, referente ao pró-labore de julho de 2016, o Sr. Raimundo Medeiros fez três saques, totalizando R$ 9.391”, diz um trecho do documento contendo a foto do recibo. Ao juiz, a categoria afirmou que o sindicato, aparentemente, estaria tentando intimidar o Conselho Fiscal, cujos membros estão sendo chamados de tumultuadores por exigir o cumprimento das obrigações da Diretoria, como há na ação.
Segundo a ação ajuizada pelo taxista, a Diretoria estaria se negando a fornecer documentos ao Conselho Fiscal. “Há documentos que comprovam que o Conselho Fiscal sempre solicitou as contas do sindicato para analisarem e aproveitavam a oportunidade para denunciar algumas irregularidades”, diz o documento.
O Estado tentou contato com o presidente Raimundo Medeiros por telefone, várias vezes, mas ele não atendeu às ligações. O espaço, porém, está aberto para que ele se manifeste acerca das denúncias relatadas na ação ajuizada na Vara de Interesses Difusos e Coletivos.
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