Artigo

Mãos e pinceis da inocência

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

Liga- se a televisão e as imagens seguidas de notícias macambúzias e outras mais ou menos neutras. As perguntas e as respostas parecem serem combinadas nos meios, e a falta de sensibilidade seguem dias meses e anos. Os gestos egocêntricos marcam crianças, jovens e adultos. A frieza congela o que há de melhor na vontade de construir em bases que não corroem em tão pouco tempo. Aqui somos peregrinos e ás vezes o que nos resta é contar histórias que transformam o mal em bem. O universo humano ás vezes caminha por lugares fáceis, pois para acontecer o diferente precisa-se de fé e confiança é continuar confessando a vida no inexistente, nisto requerendo esforço.

Cada um cuidando de si como se o amanhã não pertencesse somente a Deus. Ás vezes não percebe que o egoísmo devasta a saúde, a alegria e o amor. Convenhamos que, fazemos parte muitas vezes de um mundinho que incomoda-nos, mas não mudamos o que está bem ali ao alcance das nossas mãos. Deixam apenas as marcas das histórias contadas e passadas. Qual seria o nosso legado? O presente talvez, não seria capaz de nos conduzir ao passado e trazermos num passe de mágica o futuro, por isso nos cansamos e moldamos à agenda do futuro a agenda do presente, então o esforço para mudar o que pode aperfeiçoar o nosso legado fica estagnado pelo comodismo do atual. O que interessa uma narrativa de gestos que não foram capazes de mudar em alguma coisa alguém?

Se fossemos capazes de voltar o tempo, voltaríamos e falaríamos a nós mesmos para sermos diferentes, contudo existe uma saída. Os nossos gestos e maneiras terão outros moldes, harmonizados em alguém que foi capaz de fazer tudo e não esperar nada em troca. Nosso corarão ás vezes é falho! O que nos separa do bem e do mal são apenas decisões, segundos, minutos, horas, dias e até meses. Temos tempo para a mudança, pois o tempo é apenas o passado, o presente e o futuro. O que passou ficou para trás e no contemporâneo temos a intensidade para vivermos o amanhã, temos os instrumentos e ferramentas para construirmos, nisto teremos á nossa vista imagens, histórias para viver e contar, depois contarem.

Quando nossas transformações seguirem os passos de quem marcou nossa historia, não olharemos nunca mais para trás, pois a vergonha, o sofrimento e acima de tudo o poder do amor rasgou o véu do templo de alto a baixo, e a ressurreição trouxe junto à regeneração, o pagamento com sangue pela nossa imortalidade. Assim, podemos andar por marcas que nos levam ao lugar seguro. Sigamos com confiança sem falhar, pois já está prometido.

Entendemos que planejamos e até montamos um futuro, mas a quem pertencerá? Oh! Meu Deus o que tanto queremos?

Os anseios nos levam a pensamentos que criam e formam um mundinho mágico, cheio de botõezinhos e cada botão quando apertados mudam uma parte do queremos, aí todos os dias quando as coisas não estiverem bem e boas apertaríamos um botão diferente, e cada cor pintaria o sonho desvendado de um botão. Nas casinhas do mundo nós colocaríamos apenas quem quiséssemos, as comidinhas seriam misturadas com amor de massinhas coloridas. As pessoas teriam cérebro e corações de barro moldados na hora. Um mundo mágico de você leitor. Talvez assim, pudéssemos viver num verdadeiro Jardim do Éden, pois a ingenuidade seria o mecanismo dessa construção e na televisão os desenhos animados seriam das mãos e pincel da inocência.


Aldinha Blume

Chanceler master, comendadora e membro da Academia Arariense de Letras

E-mail: aldablume2@gmail.com


Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.