Assembleia

Oposição presta apoio a manifestação de enfermeiros contra atos da SES

Profissionais da área realizaram, na segunda-feira, 2, uma manifestação em frente à sede da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
(Adriano Sarney)

Os deputados estaduais Adriano Sarney (PV) e Wellington do Curso (PSDB) manifestaram-se, ontem, a respeito de um movimento de enfermeiros e técnicos de enfermagem que prestam serviços em unidades de saúde do Governo do Maranhão.

Em discurso na Assembleia Legislativa, o parlamentar do PV exigiu o fim das demissões e do aumento da jornada de trabalho da categoria, como proposta pela SES.

Segundo o líder de oposição, o protesto, ordeiro, ocorreu como forma de repúdio ao aumento da jornada de trabalho de 30 horas semanais e à demissão de 30 profissionais da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Itaqui-Bacanga.

“Hoje vemos as UPA’s demitindo profissionais, sem medicamentos e em uma situação precária. Isso é o reflexo de uma saúde com a gestão irresponsável do governo comunista que só vive de aparecer na mídia”, destacou Adriano.

De acordo com o deputado, o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, prometeu retornar os profissionais para a jornada de trabalho de 30 horas semanais, reajustar os salários, pagar as verbas rescisórias e o fim das demissões.

“Essa promessa foi filmada. Nós vamos cobrar todas as promessas do secretário Carlos Lula para que não fiquem apenas nas palavras, mas que sejam de fato revertidas em benefício daqueles que trabalham pela saúde do Estado do Maranhão”, afirmou Adriano.

Proposições – Ao se posicionar sobre o tema, Wellington do Curso destacou proposições de sua autoria que estabelecem a jornada de trabalho para os enfermeiros e o piso salarial ético para os trabalhadores da saúde. Além disso, solicitou ao governo que cumpra as pautas dos trabalhadores.

“A luta dos trabalhadores da saúde tem sido uma de nossas pautas desde o início do nosso mandato. Já elaboramos projeto de lei que estabelece a implantação de um plano de cargos, carreiras e salário estadual para médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem, além da criação de projeto de lei que dispõe sobre a jornada de trabalho de 30 horas para os enfermeiros. Agora, por culpa do Governo do Estado, os trabalhadores da saúde estão na rua lutando por aquilo que é direito”, ressaltou.

O tucano acrescentou que a oposição cobrará do Executivo o cumprimento das pautas acordadas com os trabalhadores.

“Iremos solicitar que o governador e a Secretaria de Saúde cumpram as pautas desses trabalhadores como os reajustes salariais, o pagamento de horas extras, o fim das demissões sem motivo e a manutenção da jornada de 30 horas. Os trabalhadores da saúde merecem respeito", disse Wellington.

Governo tentou barrar movimento

Na semana passada, dias antes da anunciada paralisação de segunda-feira, 2, o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, chegou a informar que a pasta desistira de promover mudanças na escala de trabalho de enfermeiros.

A medida, na prática, acaba com a jornada de 30h semanais, aumentando a carga de trabalho desses profissionais. Por isso, a categoria á se mobilizava.

Nesta sexta-feira, 30, após reunião com sindicalistas, Lula anunciou o recuo.

“Estive reunido na tarde de hoje com a Força Sindical e o SEEMA e decidimos, em comum acordo, pela suspensão na mudança de escalas de enfermagem. Segunda-feira a mesa de diálogos será ampliada”, afirmou, nas redes sociais.

Era um movimento para barrar a manifestação, que acabou não dando certo.

Curiosamente, antes de confirmar o recuro, a SES havia emitido nota oficial negando qualquer aumento na jornada de trabalho.


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