Reflexão

Abertura do Setembro Amarelo em São Luís tem roda de conversa e caminhadas

Um dos eventos, feito pelo CVV, aconteceu no Praça do Parquinho, na Avenida Litorânea, em São Luís, na tarde de domingo, 1º; o Setembro Amarelo é o mês de prevenção ao suicídio em todo o Brasil.

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Voluntários do CVV participaram de roda de conversa e caminhada
Voluntários do CVV participaram de roda de conversa e caminhada

SAIBA MAIS

Fatores de risco

Segundo cartilha produzida pela ABP e CFM para a campanha deste ano, existem alguns fatores de risco para o suicídio, dentre os quais os transtornos mentais, o histórico pessoal, a ideação suicida, impulsividade, presença de outras doenças e motivos aparentes ou ocultos. O documento diz que a tentativa prévia é o principal fator de risco para o suicídio, pois pessoas que já tentaram se matar têm de cinco a seis vezes mais chances de tentar novamente.

A cartilha frisa que eventos estressores significativos estão associados ao surgimento de pensamentos suicidas, como separação conjugal, migração ou perda de pessoa próxima e falência e perda de emprego. O documento também cita abuso físico, sexual ou psicológico na infância, maus tratos, falta de apoio social e dependência de substâncias ilícitas ou lícitas.

Prevenção

Nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. O dado, da Organização Mundial da Saúde (OMS), indica que a prevenção é fundamental para reverter essa situação, garantindo ajuda e atenção adequadas. A primeira medida preventiva é a educação. É preciso perder o medo de se falar sobre o assunto. O caminho é quebrar tabus e compartilhar informações. Esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e abrir espaço para campanhas contribuem para tirar o assunto da invisibilidade e, assim, mudar essa realidade.

Hoje, 32 brasileiros se suicidam diariamente. No mundo, ocorre uma morte a cada 40 segundos. Aproximadamente 1 milhão de pessoas se matam a cada ano. Sabe-se que os números são muito maiores, pois a subnotificação é reconhecida. Além disso, os especialistas estimam que o total de tentativas supere o de suicídios em pelo menos dez vezes.

Mas como buscar ajuda se muitas vezes a pessoa sequer sabe que pode receber apoio e que o que ela sente naquele momento é mais comum do que se divulga? Ao mesmo tempo, como é possível oferecer ajuda a um amigo ou familiar se também não sabemos identificar os sinais e muito menos temos familiaridade com a abordagem mais adequada?

É fato que o suicídio é um fenômeno complexo, de múltiplas determinações, mas saber reconhecer os sinais de alerta pode ser o primeiro e mais importante passo. Isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades de que gostava, descuido com aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer” podem indicar necessidade de ajuda.

O suicídio é um ato de comunicação. Quem se mata, na realidade tenta se livrar da dor, do sofrimento, que de tão imenso, parece insuportável.

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