Previdência

Senado: votação de PEC paralela será em novembro

Davi Alcolumbre diz que proposta sobre inclusão de estados e municípios na Previdência deve ser votada em 2019

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Davi Alcolumbre planeja votação paralela da Previdência em novembro
Davi Alcolumbre planeja votação paralela da Previdência em novembro (Davi Alcolumbre)

Brasília

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), quer concluir a apreciação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Paralela, que, entre outros pontos, inclui estados e municípios na reforma da Previdência até o fim de novembro na Casa.
“Eu acho que a gente conclui final de novembro [PEC Paralela] e entrega para a Câmara dos Deputados”, afirmou ontem o senador, após reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o relator da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), na residência oficial da presidência da Câmara.
Na quarta-feira, 28, Tasso Jereissati fez a leitura do seu parecer favorável à proposta. No relatório, o senador também apresentou e detalhou pontos da chamada PEC Paralela. O texto contempla pontos considerados fundamentais pelos senadores, mas que vão tramitar em outra proposta, para dar celeridade à matéria principal, que deverá ter sua votação final no plenário do Senado até o dia 10 de outubro.
Após a conclusão da tramitação da PEC Paralela no Senado, a matéria seguirá para a Câmara, onde será debatida na Comissão de Constituição e Justiça e posteriormente em uma comissão especial.
O principal ponto da PEC Paralela é a mudança nas regras de aposentadorias de servidores de estados e municípios. Pela proposta, os estados que aprovarem uma lei ordinária, por maioria simples, em suas assembleias legislativas ficam com as mesmas regras da reforma aprovada pelo Congresso. Dessa forma, as normas nacionais valeriam automaticamente para os municípios daquele estado. Os prefeitos que não estiverem de acordo terão de aprovar um projeto rejeitando a adesão à reforma.
Para Rodrigo Maia, a forma co­mo a questão de estados e municípios foi incluída na PEC Paralela poderá facilitar o debate na Câma­ra. “Acho que um debate agora com menos polêmica vai facilitar o nos­so trabalho. Acredito que, da forma como o senador Tasso colocou no texto a questão de estados e municípios, facilita muito a nossa vida porque eles terão que, por lei ordinária, aprovar nas suas assembleias, o que vai mostrar um engajamento de forma transparente dos governadores e dos seus deputados”.
Segundo o senador Tasso, a reunião foi importante para definir o acordo entre os presidentes das Casas legislativas de dar celeridade à votação da PEC Paralela até o fim do ano. “Vamos ter quase que uma continuidade da votação da PEC Paralela no Senado e na Câmara”. Ele destacou que a inclusão de estados e municípios na reforma representará economia de R$ 350 bilhões em dez anos.
De acordo com o projeto enviado pelo Governo Federal, a proposta de emenda à Constituição (PEC 6/19) da Reforma da Previdência valeria automaticamente para servidores dos estados e dos municípios, sem necessidade de aprovação pelos legislativos locais, mas esse ponto foi retirado do parecer do relator na comissão especial da Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). l

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