Gás e petróleo

Eneva tem interesse em explorar novos blocos na Bacia do Parnaíba

Companhia está inscrita no primeiro ciclo da oferta permanente de áreas para exploração e produção da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Área de Gavião Branco, um dos campos produtores de gás natural da Eneva na Bacia do Parnaíba
Área de Gavião Branco, um dos campos produtores de gás natural da Eneva na Bacia do Parnaíba

A Eneva quer participar do primeiro ciclo da oferta permanente de áreas para exploração e produção da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com foco em blocos na Bacia do Parnaíba, onde a companhia já atua, disse o diretor de Finanças, Marcelo Habibe, em teleconferência com investidores. A ANP prevê realizar em 10 de setembro uma sessão pública para apresentação de ofertas por interessados na oferta permanente, que disponibilizará 600 blocos.

"A gente está inscrito, temos interesse, obviamente. Principalmente na região do Parnaíba. No momento não dá para abrir muita informação, mas estamos inscritos", disse Habibe, após pergunta de um analista.

A Eneva, que explora gás em blocos terrestres na bacia do Parnaíba e utiliza o insumo para a geração de energia em termelétricas, produziu 0,07 bilhão de m³ de gás natural no segundo trimestre, segundo balanço da empresa.

As reservas remanescentes da Eneva na Bacia do Parnaíba ao final do trimestre totalizavam 21,3 bilhões de m³, enquanto as reservas totais restantes, incluindo na Bacia do Amazonas, totalizaram 24,9 bilhões de m³.

A Eneva possui um portfólio de projetos de geração de 2,7 gigawatts, dos quais 81% já em operação, enquanto uma térmica em Roraima e uma no Maranhão (Parnaíba V) estão em implementação após a companhia ter obtido contratos para os projetos em leilões recentes do governo federal.

A companhia registrou um lucro líquido ajustado de 19,5 milhões de reais no segundo trimestre, recuo de 3,9% frente ao resultado ajustado do mesmo período do ano anterior.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de 299 milhões de reais, queda de 2,6% na comparação anual.

De acordo com dados dop balanço, os investimentos da Eneva somaram 189,6 milhões de reais no segundo trimestre, contra 58,8 milhões em mesmo período do ano passado e 90,2 milhões no primeiro trimestre.

Recentemente, o Ministério de Minas e Energia classificou o Parque dos Gaviões, no Complexo de Parnaíba (MA), operado pela Eneva, como projeto prioritário para o governo. O anúncio ocorreu durante o lançamento do Programa de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Terra (Reate 2020), em Brasília.

Com o enquadramento, o objetivo é impulsionar a captação de novos investimentos. A classificação do projeto como prioritário permite que a companhia emita debêntures incentivadas de infraestrutura. Tratam-se de títulos privados de renda fixa, de médio ou longo prazo, com o propósito de conseguir novos recursos para financiamento de projetos. As debêntures incentivadas têm uma série de vantagens fiscais para investidores, como isenção do imposto de renda.

“O enquadramento como projeto prioritário permitirá à companhia investir na exploração e produção de gás na Bacia do Parnaíba, promovendo a interiorização do desenvolvimento para o interior do país”, afirmou Damian Popolo, diretor de Relações Institucionais da Eneva.

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Sobre a Eneva

Eneva é uma companhia brasileira integrada de energia com negócios complementares em geração, exploração e produção de hidrocarbonetos.

Seu modelo de negócios é centrado na gestão do reservoir-to-wire (R2W), geração térmica integrada aos campos produtores de gás natural.

A Eneva tem um parque de geração térmica com 2,7 GW de capacidade contratada (85% operacional), sendo 1,4 GW à gás natural (67% ) e 725 MW à carvão mineral (33%). É a terceira maior empresa em capacidade térmica do país, responsável por 11% da capacidade térmica a gás instalada nacional.

Na parte de óleo e gás, é a maior operadora privada de gás natural do Brasil, com capacidade de produção de 8,4 milhões de m³ por dia. A Eneva opera mais de 40 mil km² de área na Bacia do Parnaíba, no Maranhão, área equivalente ao tamanho da Suíça.

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